@MASTERSTHESIS{ 2014:1522514527, title = {Efeitos da urbanização sobre a composição e estrutura das comunidades de macrófitas aquáticas ao longo do Rio Capibaribe - Pernambuco - Brasil}, year = {2014}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4849", abstract = "Em todo o planeta vem sendo observado que a utilização indiscriminada dos ecossistemas aquáticos continentais, por ações antrópicas, altera a qualidade dos recursos hídricos, conduzindo a diversos impactos ambientais. No estado de Pernambuco, o aumento populacional, principalmente, em centros mais desenvolvidos, é responsável por uma marcada pressão urbana. Nesta condição se encontram os municípios localizados as margens da bacia hidrográfica do rio Capibaribe acarretando, com isto, numa série de impactos no referido rio, um dos principais do referido Estado. Como consequência danosa dessa íntima relação entre o homem e este recurso ocorre a eutrofização, com o aumento da produtividade e, consequente, proliferação de determinadas espécies de macrófitas aquáticas. O presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos da urbanização sobre a composição e estrutura das comunidades de macrófitas aquáticas ocorrentes em diferentes trechos do rio Capibaribe. Os pontos de coleta foram selecionados em quatro municípios, dois localizados na zona do Agreste (Santa Cruz do Capibaribe e Toritama) e dois localizados na região metropolitana (São Lourenço e Recife) levando em consideração áreas urbanizadas e não urbanizadas. Estes pontos foram visitados bimestralmente entre os meses de janeiro e julho de 2013 para a observação da variação estacional (Estações seca e chuvosa). Em campo, indivíduos de cada espécie encontrados foram coletados, prensados, identificados e inseridos no acervo do Herbário Professor Vasconcelos Sobrinho (PEUFR) da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Para a análise da biomassa, em cada Ponto de Coleta foram plotados, na região litorânea, três transectos, com 9,75m de comprimento cada, equidistantes 10 metros. O material botânico foi coletado a um metro da margem e, em cada transecto, lançados três quadrados (0,25m x 0,25m), equidistantes três metros. Todas as plantas contidas nos quadrados foram coletadas, acondicionadas em sacos plásticos devidamente etiquetados e transportadas ao Laboratório de Ficologia (LABOFIC) do Programa de Pós Graduação em Botânica da Universidade Federal Rural de Pernambuco (PPGB/UFRPE). Em laboratório, o material foi lavado, triado e levados a estufa (70°C) para obtenção dos valores médios de biomassa (g.PS/m2). Para a avaliação da influência de fatores ambientais sobre a comunidade de macrófitas aquáticas, foram analisados variáveis hidrológicas (transparência, temperatura, turbidez, salinidade e nutrientes). Foi analisada a distribuição espaço temporal das plantas e sua frequência de ocorrência. Para uma melhor interpretação dos dados obtidos, serão realizados testes estatísticos específicos. Foram identificadas 31 espécies de macrófitas aquáticas. A Divisão Monilophyta esteve representada por Salvinia auriculata e Azolla caroliniana, ambas pertencentes à família Salviniaceae. A família mais representativa da Divisão Magnoliophyta foi Poaceae, com quatro espécies, seguida de Amaranthaceae, Araceae, Asteraceae, Cyperaceae, Nymphaeaceae, Onagraceae e Polygonaceae, cada uma com duas espécies. No município de Santa Cruz do Capibaribe, a área urbanizada teve uma maior ocorrência de espécies (cinco spp.), quando comparado à área não urbanizada do mesmo município (uma spp.). Na Região Metropolitana do Recife houve um número de espécies próximo entre a área não urbanizada (11 spp.) e a área urbanizada (12 spp.). Em Toritama, a área não urbanizada também apresentou um número de espécies superior (17 spp.) à área urbanizada (três spp.). Com relação à frequência de ocorrência, apenas Ipomoea asarifolia (58,3%), Eichhornia crassipes (54,2%), e Paspalum sp1. (50%), foram consideradas como frequentes. As espécies E. crassipes (637,39 g.PS/m2)e Paspalum sp2. (559,70 g.PS/m2) foram as que apresentaram maiores valores de biomassa. As análises multivariadas baseadas nos dados de biomassa indicaram diferenças globais significativas entre áreas urbanizadas e não urbanizadas (R = 0.044, p = 0.001) e também entre os períodos seco e chuvoso (R = 0.018; p = 0.019). Diante da heterogeneidade apresentada no ecossistema estudado, devido à grande variação física, química e biológica entre as áreas urbanizadas e não urbanizadas estudadas, observou-se que o fator urbanização influenciou significativamente na composição florística e na estrutura das comunidades de macrófitas ao longo do rio Capibaribe.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }