@PHDTHESIS{ 2015:1677845414, title = {Ecologia e etnoecologia de recursos florestais de uso alimentício no nordeste do Brasil}, year = {2015}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4846", abstract = "Comunidades extrativistas, possivelmente conhecem e utilizam uma quantidade considerável de espécies nativas, além disso, estudos demonstram que as variáveis socioeconômicas influenciam significativamente nesse conhecimento e uso. Pelo fato de os extrativistas viverem em contato direto com os recursos naturais, eles possuem conhecimento significativo sobre diferentes aspectos ecológicos relacionados às espécies que possuem maior importância cultural e econômica. O presente trabalho teve como principais objetivos: avaliar se as características socioeconômicas interferem no conhecimento e uso de plantas alimentícias nativas; registrar quais são os critérios mais importantes para classificar uma espécie alimentícia como preferida e avaliar se o conhecimento ecológico local sobre a ocorrência das fenofases de duas espécies alimentícias, coincide com os dados fenológicos obtidos nas três fitofisionomias do Cerrado. Esse estudo foi realizado em comunidades extrativistas que vivem no entorno da Floresta Nacional do Araripe (FLONA-APODI), primeira Floresta Nacional de Uso Sustentável do Brasil, localizada na região sul do Ceará, Nordeste do Brasil. As pessoas que vivem no entorno da FLONA possuem uma estreita relação com os recursos naturais presentes nesse local, extraindo-os tanto para o uso quanto para o comércio. O conjunto de dados que utilizamos neste trabalho foram obtidos por meio de metodologias etnobiológicas e ecológicas sendo elas: listas livres, entrevistas semiestruturadas, ordenamento de espécies e oficinas participativas, levantamento da estrutura da vegetação e acompanhamento fenológico em três fitofisionomias do Cerrado, sendo elas Cerrado sensu stricto, Cerradão e Mata Úmida. Os principais resultados deste estudo foram: 1) embora não exista um padrão quanto a influência de características socioeconômicas, foi possível verificar que, apenas para as comunidades que possuem como principal local de coleta a FLONA, a idade influenciou no conhecimento e no uso; 2) Constatamos a alta importância do uso medicinal atrelado ao uso alimentício, sugerindo um continuum alimento-medicina entre essas duas categorias; e 3) Em comunidades extrativistas, o conhecimento ecológico local sobre a ocorrência das fenofases em espécies preferidas, é influenciado pelos locais que as pessoas acessam para a coleta de recursos Esse estudo nos permite concluir que, comunidades extrativistas que vivem nas adjacências de uma Unidade de Conservação, embora tenham contato com diferentes recursos industrializados, possuem um conhecimento significativo sobre os recursos alimentícios nativos presentes na região em que vivem, sendo que esses, em sua maioria, não são usados apenas como alimento, mas também em outras categorias de usos, principalmente como medicinal. Além disso, as pessoas que manejam e dependem de forma maioritária dos recursos advindos da FLONA para o suprimento de suas necessidades básicas, possuem um conhecimento fenológico fidedigno ao que ocorre nas três fitofisionomias para espécies alimentícias preferidas.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }