@MASTERSTHESIS{ 2012:1208103674, title = {Fenologia de cinco espécies herbáceas em duas áreas(preservada e antropizada) de uma floresta tropical seca (caatinga)}, year = {2012}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4770", abstract = "Sabe-se que as plantas podem apresentar uma variação em suas características fenológicas, resultantes de uma interação com diversos fatores entre áreas diferentes, e que essas variações podem ser fundamentais para seu sucesso reprodutivo. Nesta perspectiva, áreas que são modificadas por ações humanas oferecem condições diferentes das áreas preservadas, e isto pode afetar a intensidade e o ritmo de cada fenofase vegetal. Sabe-se também que em ambientes de florestas secas, um dos principais fatores que influencia o desenvolvimento das plantas é a precipitação, principalmente das espécies herbáceas anuais, que geralmente crescem e reproduzem-se no período chuvoso. No entanto, a fenologia de espécies herbáceas em florestas secas perturbadas ainda é pouco conhecida, principalmente na caatinga, Nordeste do Brasil. Por este motivo, este estudo tem como objetivo conhecer um pouco mais sobre a fenologia do componente herbáceo da caatinga, apresentando as seguintes hipóteses: 1. A época de manifestação das fenofases pode diferir entre uma área preservada e uma antropizada em uma região de caatinga. 2. O nível de sincronia das fenofases das populações de ocorrência simultânea nas duas áreas tende a ser diferente. 3. A quantidade de flores e frutos das populações herbáceas analisadas pode ser diferente entre os locais (preservado e antropizado). 4. A manifestação das fenofases de herbáceas anuais pode apresentar uma correlação com a precipitação local durante seu ciclo de vida. O estudo foi desenvolvido em duas áreas de caatinga, sendo uma remanescente desse ecossistema, chamada de preservada, e outra de cultivo abandonado e em regeneração natural, denominada de antropizada, ambas pertencentes ao Instituto Agronômico de Pernambuco, Caruaru-PE, Brasil. Nas duas áreas foram selecionados 30 indivíduos de cinco espécies herbáceas anuais: Bidens bipinnata L., Commelina obliqua Vahl, Delilia biflora (L.) Kuntze, Desmodium glabrum (Mill.) DC. e Pseudabutilon spicatum (Kunth) R.E. Fr., que tiveram suas fenofases vegetativas e reprodutivas acompanhadas semanalmente durante todo o seu ciclo de vida, compreendido de janeiro até outubro de 2011. Realizou-se uma comparação da época, sincronismo, número de estruturas reprodutivas e níveis de correlação entre a precipitação e as fenofases das populações dos dois trechos, esperando-se encontrar diferenças quanto a essas variáveis. Foi visto que as populações não apresentaram fortes variações na época e no sincronismo de suas fenofases, entre os dois ambientes. Entretanto, apenas uma espécie não apresentou um alto sincronismo na floração, frutificação e queda foliar para as duas áreas. Observou-se também que quatro espécies apresentaram diferença significativa no número de estruturas reprodutivas produzidas por cada população, demonstrando a interferência das áreas neste aspecto fenológico. Por outro lado, embora seja certo que muitas plantas da caatinga apresentem uma dependência da precipitação para o seu desenvolvimento, não foi visto nenhuma correlação significativa entre este fator e as fenofases reprodutivas das ervas nas duas áreas durante o seu ciclo de vida. Para as fenofases vegetativas foi observada uma correlação significativa com a precipitação local. Por fim, os resultados deste estudo indicam que não há uma diferença perceptível na manifestação das fenofases em populações de ervas terófitas da caatinga presentes em ambientes próximos, mas sujeitos a diferentes condições quanto ao deslocamento da época da fenofase, ou na sincronia. Contudo, quanto à produtividade, a área de cultivo abandonado apresentou uma maior produção de estruturas reprodutivas das populações de Bidens bipinnata e Commelina obliqua, enquanto que a área preservada foi mais favorável para uma maior produção de estruturas reprodutivas das populações de Desmodium glabrum e Pseudabutilon spicatum. Dessa forma, algumas espécies herbáceas apresentam uma relação mais positiva com áreas em regeneração, favorecendo suas respostas fenológicas, enquanto outras não apresentam este tipo de relação com essas áreas.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }