@MASTERSTHESIS{ 2016:1204158010, title = {Densidade e composição do banco de sementes do solo em uma floresta de restinga após perturbação por fogo : implicações para a restauração}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4582", abstract = "O banco de sementes do solo é uma das mais importantes fontes de regeneração natural em ecossistemas florestais tropicais alterados por eventos naturais ou antrópicos. Portanto, a análise da influência de variações espaciais e temporais sobre a composição florística, riqueza de espécies e densidade de sementes encontradas nesse sistema permite inferir sobre o potencial regenerativo de uma determinada área. Diante disso, este estudo avaliou a dinâmica do banco de sementes do solo após a ocorrência de um incêndio de superfície que atingiu parte da floresta de Restinga inserida na Reserva Particular do Patrimônio Natural – Nossa Senhora do Outeiro de Maracaípe, localizada no município de Ipojuca, Pernambuco, Brasil. O incêndio persistiu por dois dias e ocorreu em fevereiro de 2013, época em que foram realizadas as primeiras coletas tanto na fisionomia florestal incendiada quanto na fisionomia florestal não incendiada. Em cada trecho de floresta (incendiada e não incendiada), foram coletadas 50 amostras de solo utilizando-se um coletor de 20 x 20 cm, a 5 cm de profundidade ao longo de 5 transectos de 90 m. A amostragem compreendeu os períodos seco e chuvoso correspondentes a dois anos consecutivos. As amostras de solo coletadas foram armazenadas em sacos de polietileno, etiquetadas e transportadas para a casa de vegetação, onde foram acondicionadas em bandejas de isopor, sendo monitoradas e irrigadas diariamente por um período de seis meses. A determinação da densidade de sementes no banco seminal do solo foi realizada pelo método de emergência de plântulas. A influência do fogo e dos períodos sazonais sobre a riqueza de espécies e densidade de sementes, entre as áreas e entre os anos, foi verificada através do GLM e para verificar se existiam diferenças nos valores médios de riqueza e densidade, foi aplicado o teste de Tukey a posteriori (5%). Para comparar a composição florística do banco de sementes entre as áreas e períodos sazonais foi realizado um NMDS e a similaridade entre as amostras foi verificada através do teste ANOSIM. Após dois anos de pesquisa, foram registrados 1.521 indivíduos nas amostras da área não incendiada, distribuídos em 32 famílias, 41 gêneros e 61 espécies. Na área incendiada a densidade total foi de 1.133 indivíduos, distribuídos em 20 famílias, 28 gêneros e 38 espécies. A composição florística entre as áreas foi significativamente diferente, mas o oposto se verificou para a densidade de sementes. Na área não incendiada houve variação sazonal na composição florística, mas entre anos a composição florística foi semelhante. Já na área incendiada não houve variação sazonal na composição florística, mas entre anos, a composição florística foi diferente. Considerando os anos de estudo e as distintas condições ambientais avaliadas, a riqueza média de espécies foi maior na área não incendiada durante estação seca do ano I. Houve predominância de espécies herbáceas em ambos os bancos, com destaque para a herbácea Paepalanthus bifidus (Schrad. Ex Schult.), e dentre as arbóreas, destacou-se a pioneira Cecropia polystachya Trécul. Essas espécies representaram 47% da densidade total de sementes germinadas. As espécies arbóreas foram mais representativas na floresta não incendiada. Entretanto, a riqueza de espécies lenhosas encontrada na floresta incendida aumentou com o período decorrido desde o incêndio. Com relação às síndromes de dispersão e grupos de regeneração, houve predominância da síndrome zoocórica (67,5%) e de espécies de sucessão precoce (57,1%). A perturbação foi de baixa intensidade e atingiu a vegetação da superfície, removendo parcialmente a cobertura vegetal. Além disso, a proximidade de vegetação conservada no entorno da área florestal incendiada provavelmente favoreceu a dispersão de sementes, levando a um incremento do banco de sementes encontrado no solo logo após uma perturbação de pequena escala. Assim, os dados obtidos permitem concluir que, apesar da floresta de Restinga ter sofrido perturbação por fogo, o banco de sementes do solo encontrado nas distintas condições ambientais avaliadas, continua representando uma importante fonte de propágulos para a regeneração natural desse ecossistema, pois contém espécies que tem um impacto potencialmente positivo sobre a real flora encontrada na floresta.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }