@PHDTHESIS{ 2016:900043962, title = {Herbáceas da floresta atlântica nordestina : regeneração natural em uma cronossequência de abandono agrícola e potencial invasor}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4581", abstract = "Áreas de floresta secundária em diferentes estádios sucessionais predominam na região tropical úmida e podem auxiliar na manutenção da biodiversidade. Estas florestas apresentam uma gradativa mudança nos meios biótico e abiótico no decorrer da sucessão florestal. A trajetória sucessional está bem descrita para a flora lenhosa, todavia estudos sobre as plantas herbáceas continuam defasados. Este trabalho foi dividido em dois manuscritos, que tiveram os objetivos de: 1) analisar a assembleia de herbáceas em uma cronossequência de 30 anos de abandono canavieiro, e comparar essas assembleias com as de sítios de florestas maduras, considerando também fatores ambientais (idade da cronossequência, cobertura florestal circundante, luminosidade no sub-bosque e características edáficas) que direcionam as respostas das ervas; e 2) compreender como herbáceas exóticas afetam a riqueza e a densidade de ervas florestais nativas dessa cronossequência. Para isso, foram selecionadas uma cronossequência de canaviais abandonados contendo 15 sítios de florestas secundárias (FS) (com idades variando de 4 até 30 anos de abandono) e 15 áreas de floresta madura (FM) na paisagem do corredor Ecológico Pacatuba-Gargaú localizada dentro da floresta Atlântica da Paraíba. Em cada sítio foram estabelecidas nove parcelas de 5x5m, totalizando 270 parcelas, nas quais todas as ervas foram registradas. As plantas foram identificadas e posteriormente classificadas quanto à origem geográfica. Um NMDS foi realizado para verificar a diferença na composição florística entre os sítios de FS e FM, bem como, foi realizada uma análise de espécies indicadoras destes ambientes. Modelos Lineares Generalizados (GLMs) foram usados para testar: 1) o impacto da idade das áreas, das características de solo, da disponibilidade de luz e da cobertura florestal circundante sobre as características estruturais das ervas em FS; e 2) o impacto das ervas exóticas mais representativas sobre a flora nativas de FS. Registraram-se 42.966 indivíduos no total (sendo 32.915 e 10.615 indivíduos nativos e exóticos, respectivamente), em 67 espécies (59 nativas; seis exóticas; duas morfoespécies; 66% e 18% de espécies exclusivas em FS e FM, respectivamente). A densidade e a diversidade de ervas foram significativamente maiores em FS do que em FM, enquanto que a riqueza foi menor em FM e a equitabilidade não exibiu diferença significativa. Houve maior proporção de ervas nativas do que ervas exóticas em ambos os hábitats. A composição florística foi distinta entre FS e FM, e foram observados 21 e 11 espécies indicadoras de FS e FM, respectivamente. A idade dos sítios foi positivamente relacionada à riqueza e diversidade de espécies, mas negativamente relacionada com a densidade de ervas. O avanço na sucessão influenciou positivamente a riqueza de nativas ao longo da cronossequência e minimizou o impacto negativo das únicas espécies invasoras Digitaria insularis e Megathyrsus maximum sobre as nativas. E a cobertura florestal circundante foi também uma das principais variáveis que influenciou negativamente a riqueza e densidade de ervas da paisagem estudada. Por fim, este estudo mostrou que apesar de possuir espécies invasoras na cronossequência de abandono canavieiro, a paisagem do Corredor Ecológico Pacatuba-Gargaú exibe uma rica, densa e diversa flora de ervas (nativas e exóticas), que segue os pressupostos da Hipótese do Distúrbio Intermediário e que é favorecida pelo incremento da resistência biótica associada às mudanças ambientais ao longo do avanço sucessional.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }