@PHDTHESIS{ 2012:1689885971, title = {Leishmaniose visceral americana : perpepção do conhecimento, distribuição espacial e avaliação morfológica da pele de cães com infecção natural por Leishmania infantum (Nicole, 1908).}, year = {2012}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4570", abstract = "O Brasil enfrenta a expansão e urbanização da Leishmaniose Visceral Americana (LVA), sendo a Região Nordeste detentora da maior casuística da enfermidade e o cão considerado o principal reservatório no ambiente urbano. Dentre os Estados da Região Nordeste, Pernambuco registrou um total de 1.465 casos de LVA no período de 2000 a 2010 e dos municípios, Petrolina vem se destacando pela expansão da enfermidade. Sendo assim, foi realizado um estudo transversal retrospectivo dos casos registrados da doença entre 2001 a 2010 em Petrolina. Do total de 117, foram localizadas e obtidas entrevistas com 42 pacientes. 59,52% (25/42) eram do sexo masculino e 40,47% (17/42) do sexo feminino. Crianças entre 0 e 12 anos representaram 45,60% (19/42). 100% (42/42) relataram que os primeiros sintomas surgiram em até seis meses. 4,7% afirmaram ter até dois integrantes da família acometidos e 13% (2/42) relataram a eutanásia de cães. Apenas 33,3% (14/42) relataram ter cães no domicílio e 14,2% (6 /42) disseram criar porcos e frangos. 95,3% (40/42) afirmaram que a atividade dos flebotomíneos era maior à noite, porém, apenas 26,1% (11/42) relataram o uso de mosquiteiros e 2% (1/42) repelentes. A coleta de resíduos sólidos foi relatada por 90,48% (38/42) e somente 4% das casas tinham rede de esgoto. Apenas 38,09% (16/42) afirmaram compreender o papel do acúmulo da matéria orgânica no ciclo da doença, porém 95,23% (40/42) apresentava algum conhecimento sobre o papel do cão e do vetor. O município apresenta diversos fatores epidemiológicos que favorecem a expansão da doença, porém o conhecimento sobre a relação da matéria orgânica acumulada se mostrou superficial por parte dos pacientes entrevistados, remetendo a necessidade de campanhas educativas em saúde. A utilização de ferramentas, como o Sistema de Informações Geográficas permite mapear e identificar as áreas com alto risco para ocorrência de novos casos da doença. Sendo assim, foi realizado um estudo transversal dos casos humanos e constatou-se 117 pacientes registrados com LVA. Destes, 35,89% (42/117) foram localizados e georreferenciados. O inquérito sorológico mostrou que dos 600 cães avaliados, 19,16% (115/600) foram positivos para a doença, sendo que 73,04% (84/115) pertenciam à zona urbana. Após análise espacial dos casos humanos e caninos, observou-se a presença de Clusters, tanto na zona rural como urbana. No entanto, em ambos os casos, a concentração foi maior na área urbana, principalmente na região sudoeste do mapa da cidade de Petrolina. Um grande número de casos foi observado em locais onde houve a diminuição da cobertura vegetal e condições precárias de moradia. No entanto, quando foi realizada a sobreposição dos mapas, nenhuma associação estreita entre casos caninos e humanos da doença foram encontrados. Em conclusão, análise espacial da LVA em Petrolina permitiu concluir que a doença encontra-se urbanizada sem, entretanto associação entre a doença humana e canina. A Leishmaniose Visceral Canina é considerada uma doença imunomediada e apesar da natureza viscerotrópica do parasito, a pele representa o principal órgão envolvido na progressão da doença. Entre as alterações dermatológicas mais relatadas são: dermatite esfoliativa, hiperqueratose, úlceras e alopecia, no entanto, a hiperpigmentação da pele também pode estar presente. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações estruturais e ultraestruturais das alterações morfológicas e pigmentares da pele de cães Leishmania infantum. Fragmentos de pele íntegra, lesionada e hiperpigmentada da região abdominal foram retirados com auxílio de um punch, de cada um dos 11 cães avaliados e com testes positivos para Imunoadsorção Enzimática e exame parasitológico por biópsia de medula óssea. Posteriormente, os tecidos coletados foram submetidos a técnicas de rotina histológica para análise em microscopia de luz e microscopia eletrônica de transmissão. Após análise por microscopia de luz, foi constatado infiltrado de células mononucleares na derme lesionada e formas amastigostas de Leishmania infantum no interior dos macrófagos de 81,8% (9/11) dos cães. Paraceratose e Hiperqueratose foram observadas na pele lesionada de 54,5% (6/11) dos cães. Excesso de grânulos de melanina foi constatado tanto na epiderme como na derme da pele hiperpigmentada de 36,3% (4/11) dos cães. Na eletromicrografia, foi possível visualizar uma grande quantidade de grânulos de melanina ao redor do núcleo dos queratinócitos da camada espinhosa. Os resultados deste estudo sugerem uma possível relação entre mediadores inflamatórios produzidos na Leishmaniose Visceral Canina e o estímulo da melanogênese.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal}, note = {Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal} }