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Tipo do documento: Tese
Título: Macroecologia de parasitos: como espaço, clima e hospedeiros determinam a diversidade de helmintos em amplas escalas espaciais
Autor: MARTINS SOBRINHO, Paulo Mateus 
Primeiro orientador: SOUZA, Thiago Gonçalves
Primeiro coorientador: POULIN, Robert
Primeiro membro da banca: SANTOS, Ana Margarida Coelho dos
Segundo membro da banca: DINIZ FILHO, José Alexandre Felizola
Terceiro membro da banca: MELO, Felipe Pimentel Lopes de
Quarto membro da banca: GOMES, Paula Braga
Resumo: Um dos objetivos da macroecologia e da biogeografia como empreendimentos científicos é entender os princípios que governam a diversidade biológica independentemente do grupo ou sistema estudados. Em particular, estudar o que determina a diversidade alfa e beta de parasitos em amplas escalas espaciais apresenta alguns desafios significativos. Esses organismos vivem em estreita associação com seus hospedeiros, o que adiciona um nível de complexidade que, se ignorado, pode resultar em conclusões precipitadas. Por exemplo, o clima e a riqueza de hospedeiros são importantes preditores da diversidade alfa de parasitos na escala macroecológica, mas seus efeitos são tipicamente tratados separadamente, apesar da possibilidade de interações. Adicionalmente, a maioria dos estudos com diversidade beta em larga escala são com ectoparasitos de mamíferos ou foram realizados na região do Paleártico, o que apresenta oportunidades para investigar novas regiões e grupos de hospedeiros a fim de avançar na generalidade da teoria macroecológica para parasitos. Além disso, até onde sabemos, nenhum estudo em grande escala foi conduzido para investigar como os preditores da diversidade beta de parasitos variam com a escala. Portanto, com base em um novo banco de dados de helmintos parasitas de anfíbios, utilizamos modelos de equações estruturais para investigar os efeitos diretos e indiretos do clima e da riqueza de hospedeiros sobre a diversidade alfa de parasitos em escala global. Adicionalmente, usamos modelos generalizados de dissimilaridade para investigar como os papéis relativos do clima, diversidade de hospedeiros e distância espacial sobre a diversidade beta de parasitos varia com a escala espacial (global vs. regional) e região zoogeográfica (Neártico vs. Neotropical). Também investigamos se a seleção de subconjuntos taxonômicos distintos do hospedeiro (famílias) influencia as tendências gerais na diversidade beta de parasitos. Em primeiro lugar, descobrimos que o clima afeta a riqueza global de parasitas tanto direta quanto indiretamente por meio da riqueza de hospedeiros. Essa descoberta é importante no contexto de co-extinções em cascata causadas pelas mudanças climáticas e enfatiza a importância do uso de abordagens analíticas que permitem a avaliação de relações indiretas entre preditores. Em relação à diversidade beta, encontramos que a distância espacial é o principal preditor da substituição de espécies em escala global e que sua importância relativa em relação ao clima diminui com a escala espacial. Similarmente, demonstramos que a importância relativa dos preditores estudados varia com a região zoogeográfica. Curiosamente, encontramos resultados contrastantes ao comparar diferentes famílias de hospedeiros coletadas na mesma região. Diferenças biológicas entre os hospedeiros podem resultar em pressões divergentes para a colonização e persistência dos parasitos, o que pode justificar uma investigação mais aprofundada. A principal mensagem desta descoberta pode ser a importância de incluir a história de vida do hospedeiro em estudos de diversidade beta de parasitos em escala macroecológica. Tais contingências são uma oportunidade para uma exploração mais aprofundada, pois têm implicações importantes para a busca de preditores universais da diversidade. Nosso estudo é uma nova contribuição importante para a macroecologia de parasitos, integrando preditores da diversidade alfa e investigando o papel da escala espacial, biorregião e subconjunto taxonômico do hospedeiro na substituição de espécies de parasitos no espaço geográfico. Até onde sabemos, este é o primeiro estudo com parasitos a utilizar essas abordagens em escala tão ampla.
Abstract: One of the goals of macroecology and biogeography as scientific endeavours is to discover general principles that govern biological diversity regardless of biological group or the studied system. In particular, studying parasite alpha and beta diversity at broad spatial scales presents some significant challenges. These organisms live in close association with their hosts, which adds a level of complexity that if ignored can result in wrong conclusions. For instance, climate and host richness are important drivers of parasite alpha diversity at the macroecological scale, but their effects are typically treated separately, despite the possibility of interactions. In relation to beta diversity, most large-scale studies have either focused on mammalian ectoparasites or on the Palearctic realm, which presents opportunities to investigate novel realms and host groups in order to advance the generality of parasite macroecological theory. Furthermore, to the best of our knowledge, no large-scale study has been conducted to investigate how the drivers of parasite beta diversity vary with scale. Based on a novel dataset of helminth parasites of amphibians, we used structural equation modelling to investigate the direct and indirect effects of climate and host richness as drivers of parasite alpha diversity at the global scale. Furthermore, we used generalized dissimilarity modelling to investigate how the relative roles of climate, host diversity, and spatial distance as drivers of parasite beta diversity vary with spatial scale (global vs regional) and zoogeographical realm (Nearctic vs Neotropical). Additionally, we investigated whether selecting distinct host taxonomic subsets (families) influences general trends in parasite beta diversity. First, we found that climate affects global parasite richness both directly and indirectly via host richness. These findings are important in the context of cascade co-extinctions caused by climate change, and they emphasize the importance of using analytical approaches that allow for the evaluation of indirect relationships among predictors. In relation to parasite beta diversity, we found that spatial distance is the strongest predictor of parasite turnover at the global scale and that its relative importance in relation to climate decreases at the regional scale. In addition, we demonstrated that the relative importance of our predictors varies with the zoogeographical realm. Interestingly, we found contrasting results when comparing different host families collected in the same realm. Given that biological differences between hosts can result in diverging pressures for parasite colonization and persistence, this may warrant further investigation. The take-home message from this discovery could be the importance of including host life-history specifically in parasite beta diversity studies at the macroecological level. Such contingencies are an opportunity for further exploration, as they have important implications for the search for universal drivers of parasite diversity at large scales. Our study is an important new contribution to parasite macroecology, integrating predictors of parasite alpha diversity and investigating the role of spatial scale, bioregion, and host taxonomic subset on parasite species turnover across geographic space. To the best of our knowledge, this is the first study on parasites to take these approaches on such a large scale.
Palavras-chave: Macroecologia
Parasitos
Diversidade de espécies
Helminto
Anfíbios
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla da instituição: UFRPE
Departamento: Departamento de Biologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza
Citação: MARTINS SOBRINHO, Paulo Mateus. Macroecologia de parasitos: como espaço, clima e hospedeiros determinam a diversidade de helmintos em amplas escalas espaciais. 2021. 130 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9345
Data de defesa: 5-Jul-2021
Aparece nas coleções:Doutorado em Etnobiologia e Conservação da Natureza

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