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Tipo do documento: Tese
Título: Palma forrageira, bagaço de cana-de-açúcar e uréia : uma alternativa a alimentos conservados
Título(s) alternativo(s): Cactus cladodes, sugarcane bagasse and urea : an alternative to conserved forage
Autor: SIQUEIRA, Michelle Christina Bernardo de 
Primeiro orientador: FERREIRA, Marcelo de Andrade
Primeiro coorientador: MONNERAT, João Paulo Ismério dos Santos
Segundo coorientador: CHAGAS, Juana Catarina Cariri
Primeiro membro da banca: NOVAES, Luciano Patto
Segundo membro da banca: GUIM, Adriana
Terceiro membro da banca: VÉRAS, Antonia Sherlânea Chaves
Quarto membro da banca: SANTOS, Kelly Cristina dos
Resumo: Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes volumosos na alimentação de ovinos sobre o consumo e a digestibilidade dos seus componentes, consumo de água, comportamento ingestivo, balanço dos compostos nitrogenados, síntese de proteína microbiana, dinâmica da fibra e parâmetros ruminais. Foram utilizados cinco ovinos mestiços machos, fistulados e canulados no rúmen, com peso corporal médio (PC) inicial de 34,0 ± 3,63 kg, distribuídos em quadrado Latino 5 x 5. As dietas experimentais consistiram em diferentes volumosos: palma Miúda (PM) e palma Orelha de Elefante Mexicana (POEM), ambas associadas ao bagaço de cana-de-açúcar (BC) e ureia/sulfato de amônio (SA), feno de capim tifton (FCT) e as silagens de milho (SM) e sorgo (SS) também corrigidas com ureia/sa. Adicional aos volumosos, os ovinos receberam concentrado, composto por milho moído, farelo de soja e mistura mineral; com proporção volumoso:concentrado de 69,4:30,6. A dieta composta por MUB promoveu maior (P ≤ 0,03) consumo de matéria seca (1024 g/dia), matéria orgânica (MO, 904 g/kg), proteína bruta (PB, 161 g/dia) e matéria orgânica digestível (MOD, 670 g/kg) que a SS. A dieta à base de MUB proporcionou maior (P < 0,01) digestibilidade da MO (741 g/kg) em relação às outras dietas. As dietas contendo MUB e OUB proporcionaram maior (P ≤ 0,01) digestibilidade da PB (831 e 806 g/kg, respectivamente) quando comparadas às demais dietas. A MUB propiciou maior (P < 0,01) consumo de água via dieta (3,02 L/dia) e menor ingestão voluntária de água, em comparação ao FCT. O tempo despendido com ruminação foi inferior (P < 0,01) e o de ócio superior para os animais dos tratamentos com MUB e OUB (466 e 436; 542 e 578 min/dia, respectivamente), em relação ao FCT e SM (596 e 598; 542 e 578 min/dia, respectivamente). A maior eficiência de alimentação e ruminação foi registrada pelos ovinos do tratamento com MUB (299; 132 g MS/h), em relação aos que receberam a dieta contendo SS (188 e 91 g MS/h, respectivamente). Foram verificados maiores consumos e balanço de nitrogênio (25,7 e 12,5 g/dia, respectivamente), com menor excreção de nitrogênio via fezes para MUB; bem como para a OUB (P < 0,01), em relação a SS (18,7 e 5,3 g/dia, respectivamente). Não houve diferença para síntese de proteína microbiana (P = 0,27) entre as dietas contendo os volumosos avaliados. O FCT propiciou maiores pools de MS e FDNi (593,2 e 177,8 g) em relação às dietas compostas por OUB, SM e SS (407,6 e 120,8; 448,4 e 96,4; 421,0 e 101,0 g, respectivamente). As dietas contendo OUB e SM propiciaram maior (P < 0,01) taxa de degradação da MS (0,0584 e 0,0566 h-1, respectivamente) em relação à dieta composta por FCT (0,0360 h-1). Os animais do tratamento OUB apresentaram menor pH ruminal em relação aos do FCT. Não houve interação entre tempo x tratamento para o pH ruminal. Em função do tempo de coleta, o menor valor de pH (6,38) foi estimado às 3,79 horas após a primeira alimentação. Houve interação entre tratamento e tempo para as concentrações de nitrogênio amoniacal ruminal (NAR), com as concentrações máximas de 35,4; 41,8; 17,92 e 26,49 (mg NAR/dL) estimada para os tratamentos MUB, OUB, SM e SS, respectivamente, às 2,02; 2,97; 3,01 e 2,87 horas após a alimentação matinal. Não houve efeito do tempo para a concentração de NAR quando o FCT foi utilizado (14,33 mg/dL). Houve interação (P < 0,01) entre tratamento e tempo de coleta sobre a concentrações dos AGVs. A palma forrageira associada ao bagaço de cana-de-açúcar e ureia/sulfato de amônio (9:1) apresentaram valor nutricional semelhante, principalmente no que se refere ao consumo de energia e eficiência de utilização do nitrogênio da dieta, ao FCT e à SM, sendo superior a SS. Recomenda-se a utilização da palma associada ao bagaço de cana-de-açúcar e ureia em dietas para ovinos.
Abstract: The aim was to evaluate the effect of different roughage sources in sheep feeding on intake and digestibility, water intake, ingestive behavior, nitrogen balance, microbial protein synthesis, fiber dynamics and ruminal parameters. Five male crossbred sheep, fistulated and cannulated in the rumen were used, with average initial body weight (BW) of 34.0 ± 3.63 kg, and assigned in a 5 x 5 Latin square. The experimental diets consisted in different roughage sources: cactus Nopalea cochenillifera (L). Salm-Dyck. clododes (Nopalea; NUB) and cactus Opuntia stricta (Haw.) Haw. clododes (Opuntia, OUB) both associated with sugarcane bagasse (SB) and with urea/as, tifton hay (TH) and maize silage (MS) and sorghum silage (SS) also corrected with urea/as. In addition to roughage, the sheep received concentrate composed of corn meal, soybean meal and mineral mixture, with proportion of roughage: concentrate of 69.4: 30.6. The NUB diet promoted higher (P ≤ 0.03) intake of dry matter (1024 g/day), organic matter (OM, 904 g/kg), crude protein (PB, 161 g/day) and digestible organic matter (DOM, 670 g/kg) than the SS. The NUB-based diet provided greater (P <0.01) OM digestibility (741 g/kg) compared with the other diets. Diets containing NUB and OUB registered greater (P ≤ 0.01) digestibility of CP (831 and 806 g/kg, respectively) when compared to the others. The NUB provided greater (P <0.01) water intake via diet (3.02 L/day) and less voluntary water intake, compared to TH. The time spent on rumination was shorter (P <0.01) and the leisure time was longer for animals treated with NUB and OUB (466 and 436; 542 and 578 min/day, respectively), compared to the TH and MS (596 and 598; 542 and 578 min/day, respectively). The highest efficiency of feeding and rumination was registered by the sheep of the treatment with NUB (299; 132 g DM/h), in relation to those that received the diet containing SS (188 and 91 g DM/h, respectively). Higher intake and nitrogen balance were observed (25.7 and 12.5 g/day, respectively), with less nitrogen excretion by feces for NUB; as well as for OUB (P <0.01), in relation to SS (18.7 and 5.3 g/day, respectively). There was no difference for microbial protein synthesis (P = 0.27) between the diets containing the evaluated forages. The TH provided larger pools of DM and NDFi (593.2 and 177.8 g) in relation to diets composed of OUB, MS and SS (407.6 and 120.8; 448.4 and 96.4; 421.0 and 101.0 g, respectively). Diets composed of OUB and MS provided a higher (P <0.01) rate of DM degradation (0.0584 and 0.0566 h-1, respectively) compared to a diet composed of TH (0.0360 h-1). The animals in the OUB treatment showed lower ruminal pH compared to the TH. There was no interaction between time x treatment for ruminal pH. Depending on the time of collection, the lowest pH value (6.38) was estimated at 3.79 hours after the first feeding. There was an interaction between treatment and time for ruminal ammoniacal nitrogen (NAR) concentrations, with maximum concentrations of 35.4; 41.8; 17.92 and 26.49 (mg NAR/dL) estimated for NUB, OUB, MS and SS treatments, respectively, at 2.02; 2.97; 3.01 and 2.87 hours after morning feeding. There was no effect of time on NAR concentration when TH was used (14.33 mg/dL). There was an interaction (P <0.01) between treatment and collection time on VFA concentrations. The roughage composed of cactus cladodes and sugarcane bagasse and Urea/Ammonia Sulfate (9:1) showed similar nutritional value, mainly with regard to energy intake and efficiency in the use of dietary nitrogen, TH and MS, being superior to SS. The use of cactus cladodes associated with sugarcane bagasse and urea is recommended in sheep diets.
Palavras-chave: Palma forrageira
Cana-de-açúcar
Ureia
Nutrição animal
Alimento alternativo
Ovino
Área(s) do CNPq: CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla da instituição: UFRPE
Departamento: Departamento de Zootecnia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Citação: SIQUEIRA, Michelle Christina Bernardo de. Palma forrageira, bagaço de cana-de-açúcar e uréia : uma alternativa a alimentos conservados. 2020. 80 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Zootecnia) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9094
Data de defesa: 28-Fev-2020
Aparece nas coleções:Doutorado Integrado em Zootecnia

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