Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8772
Tipo do documento: Tese
Título: Produção de biossurfactante por Bacillus Cereus UCP 1615 com potencial para aplicações biotecnológicas industriais
Autor: DURVAL, Italo José Batista 
Primeiro orientador: SARUBBO, Leonie Asfora
Primeiro coorientador: RUFINO, Raquel Diniz
Primeiro membro da banca: SANTOS, Valdemir Alexandre dos
Segundo membro da banca: LUNA, Juliana Moura de
Terceiro membro da banca: SILVA, Rita de Cássia Freire Soares da
Quarto membro da banca: GUERRA, Jenyffer Medeiros Campos
Resumo: O presente estudo caracterizou e avaliou o biossurfactante produzido por Bacillus cereus UCP 1615 em diversas aplicações industriais. A produção da biomolécula foi feita em meio de baixo custo composto por 2% de óleo de soja residual de fritura e 0,12% de peptona. A capacidade de redução da tensão interfacial e a concentração micelar crítica (CMC) foram definidas como 6 mN/m e 500 mg/L, respectivamente. A produção em larga escala foi feita em biorreatores de 1,2, 3,0 e 50,0 L, alcançando valores de tensão superficial de 28,7, 27,5 e 32,0 mN/m e rendimentos em torno de 4,3, 4,6 e 4,1 g/L, respectivamente. O biossurfactante foi classificado como um lipopetídeo aniônico a partir de análises para determinação da carga iônica, cromatografia em camada delgada (TLC), cromatografia gasosa (GC) e ressonância magnética nuclear (RMN). Testes de conservação a longo prazo com o aditivo sorbato de potássio (0,2%) demonstraram a estabilidade das propriedades tensoativas do biossurfactante, sugerindo sua aplicação em uma possível formulação comercial. Para avaliar a aplicação do biossurfactante em processos ambientais, o mesmo foi aplicado em ensaios contendo água do mar, solo e rochas contaminadas com derivado de petróleo e sua toxicidade também foi avaliada frente ao microcrustáceo Artemia salina, ao peixe Poecilia vivipara e ao bivalve Anomalocardia brasiliana, bem como frente às sementes de vegetais Brassica oleracea (repolho), Solanum lycopersicum (tomate) e Cucumis anguria (maxixe). O biossurfactante mostrou-se eficiente e biocompatível para biorremediação em água do mar, promovendo o crescimento da microbiota, e ainda apresentou índices de remoção de compostos hidrofóbicos em solo arenoso e rochas de 84 e 69%, respectivamente. A aplicação da biomolécula como bioemulsificante em alimentos também foi avaliada através da sua utilização na composição de um biscoito tipo cookie, tendo a citotoxicidade utilizando as linhagens celulares L929 e Vero e a atividade antioxidante determinados. Um biscoito com características típicas preservadas e com benefícios em relação ao padrão sem biossurfactante foi obtido. Os testes de citotoxicidade reforçaram a biocompatibilidade do biossurfactante, e o indicativo de atividade antioxidante corroborou com a contribuição do biossurfactante para preservação do biscoito. O biossurfactante também foi avaliado como estabilizante na síntese de nanopartículas de prata como agente antimicrobiano. Nanopartículas de tamanho em torno de 20 nm foram obtidas através do método verde de Tollens. As nanopartículas apresentaram atividade fungicida diante de gêneros de fungos patogênicos humanos e vegetais. Os resultados obtidos demonstram que o biossurfactante de Bacillus cereus UCP 1615 tem potencial de utilização em diversos setores econômicos, comprovando a versatilidade biotecnológica desta biomolécula e sua importância industrial.
Abstract: The present study characterized and evaluated the biosurfactant produced by Bacillus cereus UCP 1615 in various industrial applications. The production of the biomolecule was carried out in a low-cost medium composed of 2% residual frying soybean oil and 0.12% peptone. The interfacial tension reducing capacity and the critical micelle concentration (CMC) were defined as 6 mN/m and 500 mg/L, respectively. Large-scale production was carried out in 1.2, 3.0 and 50 L bioreactors, reaching surface tension values of 28.7, 27.5 and 32 mN/m and yields around 4.3, 4.6 and 4.1 g/L, respectively. The biosurfactant was classified as an anionic lipopeptide from analyzes to determine ionic charge, thin layer chromatography (TLC), gas chromatography (GC) and nuclear magnetic resonance (NMR). Long-term conservation tests with the additive potassium sorbate (0.2%) demonstrated the stability of the surface-active properties of the biosurfactant, suggesting its application in a possible commercial formulation. To evaluate the application of the biosurfactant in environmental processes, it was applied in tests containing seawater, soil and rocks contaminated with petroleum derivatives and its toxicity was also evaluated against marine organisms Artemia salina (microcrustacean), Poecilia vivipara (fish) and Anomalocardia brasiliana (bivalve) and to the seeds of vegetables Brassica oleracea (cabbage), Solanum lycopersicum (tomato) and Cucumis anguria (gherkin). The biosurfactant proved to be efficient and biocompatible for bioremediation tests in seawater, promoting the growth of the microbiota, and showed removal rates of hydrophobic compounds in sandy soil and rocks of 84 and 69%, respectively. The application of the biomolecule as a bioemulsifier in food was also evaluated through its use in the composition of a cookie type cookie, with cytotoxicity using the L929 and Vero cell lines and the antioxidant activity determined. A biscuit with preserved typical characteristics and benefits compared to the standard without biosurfactant was obtained. Cytotoxicity tests reinforced the biosurfactant's biocompatibility, and the antioxidant activity indicative corroborated with the biosurfactant's contribution to the biscuit preservation. The biosurfactant was also tested as a stabilizer in the synthesis of silver nanoparticles as an antimicrobial agent. Nanoparticles of size around 20 nm were obtained using the green Tollens method. The nanoparticles showed fungicidal activity against human and plant pathogenic fungal genera. The results obtained demonstrate that the biosurfactant from Bacillus cereus UCP 1615 has potential for use in several economic sectors, proving the biotechnological versatility of this biomolecule and its industrial importance.
Palavras-chave: Biorremediação
Toxicidade
Biossurfactante
Bacillus cereus
Biotecnologia
Poluição
Área(s) do CNPq: OUTROS::CIENCIAS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla da instituição: UFRPE
Departamento: Rede Nordeste de Biotecnologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (Renorbio)
Citação: DURVAL, Italo José Batista. Produção de biossurfactante por Bacillus Cereus UCP 1615 com potencial para aplicações biotecnológicas industriais. 2021. 150 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (Renorbio)) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8772
Data de defesa: 30-Jul-2021
Aparece nas coleções:Doutorado em Biotecnologia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Italo Jose Batista Durval.pdfDocumento principal1,77 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.