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dc.creatorFUENTE CASTELLÓN, María Fernanda de la-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/9523589239670783por
dc.contributor.advisor1SCHIEL, Nicola-
dc.contributor.advisor-co1MARQUES, Júlio César Bicca-
dc.contributor.advisor-co2GARBER, Paul Alan-
dc.contributor.referee1SOUZA, Thiago Gonçalves-
dc.contributor.referee2MONTES, Martín Alejandro-
dc.contributor.referee3NASCIMENTO, André Luiz Borba do-
dc.contributor.referee4CARVALHO, Paulo Sérgio Martins de-
dc.date.accessioned2019-11-27T14:01:58Z-
dc.date.issued2019-05-27-
dc.identifier.citationFUENTE CASTELLÓN, María Fernanda de la. Estratégias de forrageio e rede social em primatas de vida livre: uma abordagem experimental. 2019. 137 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.por
dc.identifier.urihttp://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8372-
dc.description.resumoPrimatas, incluindo o ser humano, possuem um grande tamanho de cérebro e habilidades cognitivas complexas que os possibilitam de armazenar, recuperar e integrar informações para resolver problemas. Duas hipóteses tentam explicar a evolução cerebral em primatas, a hipótese ecológica e a hipótese social. No entanto, esta pode ser uma falsa diferenciação, uma vez que ao viver em grupos estáveis e habitar ambientes dinâmicos, os primatas devem ser capazes de utilizar tanto informações ecológicas, como a disponibilidade de recursos no tempo e espaço, quanto informações sociais provenientes da identidade, comportamento e relações entre os membros do grupo, para tomar decisões. Neste contexto, a vida social pode oferecer uma série de vantagens e desvantagens para os animais que vivem em grupo. Em se tratando da procura e obtenção de alimento, viver em grupo pode apresentar custos associados ao aumento da competição pelos recursos, assim como benefícios relacionados a uma melhor localização, acesso e defesa destes recursos. Assim, nesta pesquisa, utilizamos o sagui comum (Callithrix jacchus), uma espécie de primata coesa e cooperativa, como modelo para investigar como diferentes contextos ecológicos de disponibilidade de alimento e fatores sociais como a posição hierárquica, idade e sexo, afetam as estratégias de forrageio, o sucesso alimentar e as redes sociais entre os membros do grupo durante o forrageio social. Para tanto, realizamos uma série de experimentos de campo nos quais a distribuição (concentrada ou dispersa), produtividade (alta, média ou baixa quantidade) e o tipo de alimento (fruta ou inseto) foram manipulados para simular diversas condições alimentares encontradas na natureza. Ao investigar o uso de estratégias e o sucesso alimentar dos indivíduos nas diferentes condições experimentais encontramos que, exceto quando se tratava da fêmea reprodutora, a posição hierárquica e as interações agressivas (competição direta) não foram fortes preditores do consumo alimentar em saguis. Em cada grupo, a fêmea reprodutora foi a mais dominante e obteve o maior sucesso alimentar. No entanto, os outros membros do grupo, incluindo adultos e juvenis, apresentaram sucesso relativamente similar entre eles. Nossos resultados apontam que isto foi alcançado através de um equilíbrio no uso de estratégias relacionadas com a competição direta (principalmente por parte da fêmea reprodutora), competição indireta (formas não agressivas de competição relacionadas com a vantagem do descobridor) e tolerância nos sítios de alimentação. Para examinar a rede social dos saguis durante o forrageio avaliamos as associações que ocorriam nos sítios de alimentação entre os membros do grupo (número de indivíduos e tempo compartilhando um sítio alimentar) e assim investigar mais a fundo a tolerância social desta espécie nas diferentes condições experimentais. De acordo com nossos resultados, associações mais fortes foram encontradas quando o alimento se encontrava concentrado. Juvenis compartilharam plataformas com um maior número de indivíduos e por mais tempo do que adultos. Observamos maior força nas associações entre díades (preferência de parceiros) compostas por indivíduos de posições hierárquicas próximas, por sexos diferentes (fêmea-macho) e por idades diferentes (adulto-juvenil). No entanto, estas associações de forrageio entre díades variaram de acordo com as distintas condições ecológicas, sendo mais fortes quando o alimento se encontrava concentrado em um único sítio de alimentação, independentemente da quantidade de alimento. Assim, nós evidenciamos que o sagui comum é capaz de utilizar e integrar tanto informações ecológicas como informações sociais para tomar decisões durante o forrageio social, ajustando seus comportamentos e associações dentro do grupo para obter acesso aos recursos, maximizar seu sucesso alimentar e manter a coesão grupal tão importante para a espécie. Em conclusão, esta tese contribuiu para demonstrar que, considerando as características sociais da espécie estudada (cooperação e estrutura social piramidal), a mesma não se ajusta ao modelo socioecológico clássico com relação à competição alimentar intragrupo. Além disso, mostrou-se que dentro de um grupo social os indivíduos desta espécie formam relações afiliativas com todos os outros membros do grupo ao se associarem durante o forrageio, resultando em grupos coesos e tolerantes durante uma atividade potencialmente competitiva. Salientamos assim, a necessidade de considerar e incorporar em futuros estudos e modelos tanto os custos como os benefícios que a vida social traz tanto a nível individual como grupal. Finalmente, destacamos a relevância de utilizar experimentos em campo para investigar sistematicamente questões socioecológicas em grupos primatas habitando seu ambiente natural.por
dc.description.abstractPrimates, including humans, have a large brain size and complex cognitive abilities that enable them to store, recover, and integrate information to overcome challenges. Two hypotheses attempt to explain the cerebral evolution in primates, the ecological hypothesis and the social hypothesis. However, this may be a false distinction, since by living in stable groups and inhabiting dynamic environments, primates must be able to use both ecological information, such as the availability of resources in time and space, and social information such as the identity, behavior, and social relationships among group members to make decisions. In this context, social life can offer a number of advantages and disadvantages for animals living in groups. When it comes to searching and obtaining food, living in a group may incur costs associated with an increased competition for resources, as well as benefits related to an enhanced localization, access, and defense of these resources. Therefore, in this research, we used the common marmoset (Callithrix jacchus), a cohesive and cooperative primate species, as a model to investigate how different ecological contexts of food availability, and social factors such as rank, age and sex, affect individual foraging strategies, feeding success, and social networks among group members during social foraging. To do so, we conducted a series of field experiments in which the distribution (concentrated or scattered), productivity (high, medium or low quantity), and type of resource (fruit or insect) were manipulated to simulate different food conditions naturally found in the wild. By investigating the use of foraging strategies and the feeding success of individuals under different experimental conditions we found that except for the breeding female, rank and aggressions (contest competition) were not strong predictors of feeding success on marmosets. In each study group, the breeding female was the highest ranked individual and obtained the higher feeding success. However, the other group members, including adults and juveniles, obtained relatively similar feeding success among them. Our results indicate that this was achieved through a balance in the use of strategies related with contest competition (mainly by the breeding female), scramble competition (non-aggressive forms of competition associated with a finder’s advantage), and tolerance on feeding sites. To examine the social network of marmosets during foraging, we assess the foraging associations between group members (number of individuals and time spent sharing a feeding site) and further investigate marmosets’ levels of social tolerance under different experimental conditions. We found stronger associations when food was concentrated on a single feeding site. Juveniles shared platforms with more individuals and for longer time than adults did. We found stronger associations between dyads composed by individuals of closer rank, of different sexes (female-male), and of different ages (adult-juveniles). However, foraging associations among partners (dyads) varied between experimental conditions, being stronger when food was clumped, regardless of the amount of food. Therefore, this study showed that common marmosets are able to use and integrate both ecological and social information to make decisions during social foraging, by adjusting their behaviors and associations with each other to obtain access to resources, maximize their feeding success, and maintain group cohesion necessary for cooperation. In conclusion, this thesis contributed in demonstrating that considering the social characteristics of the studied species (cooperation and a pyramidal social structure), common marmosets do not fit the socioecological model regarding intra-group food competition. In addition, we showed that within a group, individuals build affiliative relationships with all other group members by associating during foraging, resulting in cohesive and tolerant groups during a potentially competitive activity. We stress that future studies and models should incorporate both cost and benefits of social life to individuals and to the group as a social unit. Finally, we highlight the importance of using field experiments to systematically investigate the socioecology of primates inhabiting their natural environment.eng
dc.description.provenanceSubmitted by Mario BC (mario@bc.ufrpe.br) on 2019-11-27T14:01:58Z No. of bitstreams: 1 Maria Fernanda de la Fuente Castellon.pdf: 2303211 bytes, checksum: f40bcca5c934ceeaf3f5ee907826e001 (MD5)eng
dc.description.provenanceMade available in DSpace on 2019-11-27T14:01:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Fernanda de la Fuente Castellon.pdf: 2303211 bytes, checksum: f40bcca5c934ceeaf3f5ee907826e001 (MD5) Previous issue date: 2019-05-27eng
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpor
dc.formatapplication/pdf*
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal Rural de Pernambucopor
dc.publisher.departmentDepartamento de Biologiapor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.initialsUFRPEpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Naturezapor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.subjectComportamento animalpor
dc.subjectCallithrix jacchuspor
dc.subjectSaguipor
dc.subjectForrageio socialpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS BIOLOGICASpor
dc.titleEstratégias de forrageio e rede social em primatas de vida livre: uma abordagem experimentalpor
dc.typeTesepor
Aparece nas coleções:Doutorado em Etnobiologia e Conservação da Natureza

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