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Tipo do documento: Dissertação
Título: Ciclagem de nutrientes e decomposição de serapilheira em plantio florestal, na região de Itaparica, Pernambuco
Título(s) alternativo(s): Nutrient cycling and litter decomposition in forest plantations in the region of Itaparica, Pernambuco
Autor: ARAUJO, Emmanoella Costa Guaraná 
Primeiro orientador: SILVA, José Antônio Aleixo da
Primeiro coorientador: FREIRE, Fernando José
Segundo coorientador: FERREIRA, Rinaldo Luiz Caraciolo
Primeiro membro da banca: SILVA, José Antônio Aleixo da
Segundo membro da banca: FREITAS, Eliane Cristina Sampaio de
Terceiro membro da banca: FERREIRA, Ademir de Oliveira
Resumo: Em áreas onde são cultivadas espécies de interesse econômico, a exportação de nutrientes do solo é elevada. Concomitantemente, os solos do semiárido são frequentemente de elevada fertilidade natural e o uso de biocarvão pode proteger essa fertilidade por um período mais longo, principalmente em plantios puros de espécies florestais. O estabelecimento de plantios puros de angico e de espécies exóticas ao semiárido, como o eucalipto, pode comprometer o aporte de serapilheira e a ciclagem de nutrientes, dessa forma, é importante conhecer qual a capacidade de aporte de serapilheira e nutrientes desses cultivos em ambiente semiárido. Assim, esse estudo teve o objetivo de avaliar alterações nos atributos químicos do solo e na nutrição de plantios puros de eucalipto (Eucaliptus urophylla x Eucaliptus tereticornis) e angico-vermelho (Anadenanthera colubrina var. Cebil), aos 41 meses sob fertilização de sedimentos de lago, resíduos de tanques de piscicultura e biocarvão, produzido por meio da queima de algaroba remanescentes na área, bem como avaliar o aporte de serapilheira e nutrientes desses plantios, além de estimar a taxa de decomposição e liberação de nutrientes do material foliar de eucalipto no semiárido pernambucano. Decorridos 41 meses da primeira aplicação dos adubos naturais e biocarvão (Julho de 2017), amostras de folhas de eucalipto e angico foram coletadas, bem como o solo da área experimental foi amostrado. Para análise foliar de N, P, K, Ca e Mg foram coletadas vinte e cinco folhas do terço médio das copas das árvores. Também foram coletadas amostras de solo até a profundidade de 0,30 m, distando 15 cm da base das árvores. A deposição de serapilheira foi quantificada e o teores de N, P, K, Ca e Mg foram determinados aos 45, 90, 135, 180, 225, 270, 315 e 360 dias, permitindo calcular o aporte desses nutrientes ao longo do tempo. A serapilheira foi fracionada em galho, folha, material reprodutivo, miscelânea e casca. Para avaliar a decomposição da fração foliar de eucalipto foram utilizadas bolsas de náilon e o peso remanescente dessas bolsas, bem como os teores de N, P, K, Ca e Mg foram determinados nos mesmo intervalos de tempo utilizados para avaliação da deposição de serapilheira. Foi estimada a constante de decomposição da serapilheira e a constante de liberação de nutrientes no material foliar do eucalipto, bem como o tempo de meia-vida e tempo para que 95% do material vegetal foliar fosse decomposto e os nutrientes liberados. Os teores de K+ e P do solo foram influenciados pelos adubos naturais e o biocarvão elevou o teor de C do solo. O cultivo de angico reduziu os teores de K+ e P do solo e o cultivo de eucalipto reduziu os teores de Mg2+. O resíduo de tanque de piscicultura foi responsável pela elevação dos teores de P tanto no eucalipto quanto no angico, sendo recomendado para solos naturalmente pobres em P. O angico apresentou os maiores teores de N, P, K e Ca, sugerindo elevada demanda dessa espécie por esses nutrientes. O eucalipto foi mais exigente em Mg do que o angico, sugerindo que seu cultivo em ambiente semiárido deve ser recomendado em solos ricos em Mg2+. O aporte de serapilheira do eucalipto foi maior do que o do angico, porém ambos foram influenciados pela precipitação pluviométrica, em que as maiores deposições ocorreram nos períodos secos do ano. A aplicação de biocarvão influenciou negativamente a deposição de serapilheira do eucalipto e não teve efeito no angico. O material aportado do angico foi mais rico nutricionalmente do que o do eucalipto, porém o aporte de nutrientes da fração folha da serapilheira do eucalipto foi maior do que o do angico. A taxa de decomposição da folha de serapilheira do eucalipto foi de 1,5 mg dia-1, sugerindo que o cultivo de eucalipto em sistema de produção de base ecológica, manejado com adubos naturais, a atividade microbiana é intensificada, acelerando a ciclagem de nutrientes. O tempo de liberação de nutrientes da fração folha da serapilheira de eucalipto nesse sistema de produção de base ecológica foi de no máximo 33 dias, sugerindo que as deposições foliares se renovem nesse intervalo de tempo, para que o contínuo ciclo de nutrientes seja preservado.
Abstract: In areas where species of economic interest are cultivated, soil nutrient exports are high. Concomitantly, the semi-arid soils are often of high natural fertility and the use of biochar may protect this fertility for a longer period, especially in pure plantations of forest species. The establishment of pure plantations of angico and exotic species in brazilian semi-arid, such as eucalyptus, can compromise the contribution of litter and nutrient cycling, thus, it is important to know the litter supply capacity and nutrients of these crops in a semi-arid environment, where mineral fertilization is not recommended. Therefore, the objective of this study was to evaluate changes in soil chemical attributes and nutrition of pure plantations of eucaliptos (Eucaliptus urophylla x Eucaliptus tereticornis) and angico-vermelho (Anadenanthera colubrina var. Cebil), at 41 months under fertilization of lake sediments, fishery tank residues and biochar, produced by means of the burning of algaroba remaining in the area, as well as to evaluate the contribution of litter and nutrients of these in addition, estimating the rate of decomposition and nutrient release of eucalypt leaf material in the Pernambuco’s semi-arid. After 41 months of application of the natural fertilizers and biochar (July 2017), samples of eucalyptus and angico leaves were collected, as well as the soil of the experimental area was sampled. For leaf analysis of N, P, K, Ca and Mg, twenty - five leaves of the middle third of the crowns of the trees were collected. Soil samples were also collected up to a depth of 0.30 m, 15 cm apart from the base of the trees. The litter deposition was quantified and the contentes of N, P, K, Ca and Mg were determined at 45, 90, 135, 180, 225, 270, 315 and 360 days, allowing to calculate the nutrient supply over time. The litter was fractionated into twig, leaf, reproductive material, miscellany and bark. To evaluate the decomposition of the leaf fraction of eucalyptus were used nylon bags and the remaining weight of these bags, as well as the contents of N, P, K, Ca and Mg were determined in the same time intervals used to evaluate litter deposition. The litter decomposition constant and the nutrient release constant in the eucalypt leaf material were estimated, as well as the half-life and time for 95% of the leaf material to be decomposed and to release the nutrients. The soil K+ and P contents were influenced by the natural fertilizers and the biochar increased the C content of the soil. Angico cultivation reduced soil K + and P levels and eucalyptus cultivation reduced Mg2+ levels. The fish tank residue was responsible for the elevation of P levels in both eucalyptus and angico, and was recommended for naturally poor soils in P. The angico had the highest levels of N, P, K and Ca, suggesting a high demand of this species by these nutrients. The eucalyptus was more demanding in Mg than the angico, suggesting that its cultivation in semi-arid environment should be recommended in soils rich in Mg2+. The eucalyptus litter contribution was higher than that of the angico, but both were influenced by rainfall, in which the highest depositions occurred in the dry periods of the year. The application of biochar negatively influenced the deposition of eucalyptus litter and had no effect on angico. The material contributed by angico was richer nutritionally than eucalyptus, but the contribution of nutrients of leaf fraction of eucalyptus litter was higher than that of angico. The decomposition rate of eucalyptus leaf litter was 1.5 mg day-1, suggesting that the eucalyptus cultivation in an ecologically based production system, managed with natural fertilizers, the microbial activity is intensified, accelerating the nutrient cycling. The nutrient release time of the leaf fraction of the eucalyptus litter in this ecologically based production system was a maximum of 33 days, suggesting that the foliar deposition being renewed within this time interval, so that the continuous nutrient cycle be preserved.
Palavras-chave: Ciclagem de nutriente
Serapilheira
Eucalipto
Angico
Eucalyptus
Anadenanthera colubrina
Área(s) do CNPq: CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla da instituição: UFRPE
Departamento: Departamento de Ciência Florestal
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais
Citação: ARAUJO, Emmanoella Costa Guaraná. Ciclagem de nutrientes e decomposição de serapilheira em plantio florestal, na região de Itaparica, Pernambuco. 2019. 94 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8222
Data de defesa: 4-Fev-2019
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciências Florestais

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