Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7063
Tipo do documento: Tese
Título: Resistência à murcha bacteriana em linhagens e híbridos de tomateiro
Autor: MENDES, Adônis Queiroz 
Primeiro orientador: MENEZES, Dimas
Primeiro coorientador: ALVES, Aldenir de Oliveira
Segundo coorientador: SILVA, Adriano Márcio Freire
Primeiro membro da banca: SILVA, Elias Inácio da
Segundo membro da banca: CARVALHO FILHO, José Luiz Sandes de
Terceiro membro da banca: MESQUITA, Júlio Carlos Polimeni de
Resumo: Dentre as solanáceas o tomateiro é a segunda mais produzida no mundo, perdendo apenas para a batata. No Nordeste brasileiro o seu cultivo tem se limitado às mesorregiões do Agreste e do Sertão, tendo como um dos fatores para os problemas fitossanitários, principalmente a murcha bacteriana. Trata-se de uma doença causada pelo complexo de espécies Ralstonia solanacearum, sendo já relatada em mais de 450 espécies de plantas. As perdas causadas por essa doença são severas em plantios realizados durante verões chuvosos e em cultivo protegido. Este estudo teve como objetivo identificar e obter germoplasmas de tomateiro resistentes à murcha bacteriana entre 23 linhagens e 24 híbridos experimentais de tomateiro. Foram utilizados os isolados CRM 74, CRM 76 e CRM 77 de Ralstonia pseudosolanacearum para avaliação das linhagens e os isolados CRM 74 e CRM 77 para avaliação dos híbridos experimentais. As 23 linhagens, juntamente com sete testemunhas, foram semeadas, transplantadas após 21 dias e inoculadas com 15 ml de suspensão bacteriana na concentração de 5x108 UFC ml-1 para cada vaso de 500 ml. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com três repetições e cada parcela foi constituída por quatro vasos com uma planta cada. As avaliações foram realizadas observando a incidência e a severidade da doença e a partir dessas medidas foram calculados: índice de murcha bacteriana (IMB), incidência (INC), período de latência (PL 50) e área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias agrupadas pelos testes de Scott-Knott, a 5% de probabilidade, além de estimar os coeficientes de correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais entre os componentes de resistência e calcular a dissimilaridade através da distância de Mahalanobis (D2) determinando a divergência genética entres as linhagens. As cultivares Yoshimatsu e Hawaii 7996 foram utilizadas como testadoras em cruzamentos com as cultivares IPA-6 e Santa Clara, além de 10 linhagens de tomateiro que apresentaram os melhores resultados na etapa anterior. Posteriormente, os híbridos F1 foram avaliados quanto à resistência à murcha bacteriana durante 15 dias, quanto à incidência e a severidade da doença (SEV) com auxílio de escala descritiva de notas variando de 0 a 4. Os dados foram utilizados para determinar a capacidade geral (CGC) e específica (CEC) de combinação para os quatro componentes de resistência, além de estimar parâmetros genéticos, tais como herdabilidade, variância fenotípica, genotípica e ambiental. A interação genótipos x isolados apresentou diferença significativa a 1% de probabilidade apenas para as variáveis período de latência e área abaixo da curva de progresso da doença. Considerando o índice de murcha bacteriana, as linhagens L04, L42, L49, L53, L82, L120, L125 e L128 foram classificadas como resistentes, mas para incidência não houve linhagem que se comportasse de forma semelhante às testemunhas resistentes Hawaii 7996, Yoshimatsu e Woodstock. No tocante às correlações genotípicas, em 100% dos pares de caracteres, foram observados valores iguais ou ligeiramente superiores às correlações fenotípicas, assim como essas duas, em 50% dos casos, foram ligeiramente superiores às correlações ambientais, mostrando que o ambiente favoreceu da mesma forma para IMB x PL 50, IMB x AACPD e PL 50 x AACPD. Para análise do dendrograma, um corte em torno de 15,2% de dissimilaridade possibilitou a formação de quatro grupos distintos e quatro subgrupos. O grupo I foi constituído por genótipos considerados resistentes: Hawaii 7996, Woodstock, Yoshimatsu, Tropithai, L04, L42, L49, L53, L82, L120, L125 e L128, além de linhagens com resistência moderada. Considerando as capacidades de combinação dos híbridos experimentais, os cruzamentos que apresentaram os maiores potenciais para resistência foram os YOS x L04 com os dois isolados e o HAW x L125 com o isolado CRM 74, pois foram os únicos com CEC positiva para PL 50 e negativa para os demais caracteres, apresentando valores de intermediário a superior e que se destacaram para a variável PL 50, além de alto valor para CEC, pelo menos um dos genitores apresentou alto valor de CGC, o que é desejável. Observando os parâmetros genéticos, os valores estimados da variância genética foram superiores aos da variância ambiental para todos os componentes de resistência estudados para os dois isolados bacterianos. Todavia, observou-se neste estudo que a expressão gênica do fenótipo resistência em tomateiro é resultante da ação de efeitos gênicos aditivos e não aditivos, em que os efeitos gênicos não aditivos estão envolvidos nos quatro componentes de resistência e que os efeitos aditivos estão envolvidos no IMB, INC e AACPD.
Abstract: Among the Solanaceae family, tomato plant is the second most produced in the world, behind only the potato. In Northeast of Brazil, its cultivation has been limited to sub regions of the Agreste and the Sertão, as a result of plant diseases problems, especially bacterial wilt. It is a disease caused by a complex of Ralstonia solanacearum species, and it has been reported in more than 450 species of plants. The losses caused by this disease are severe in plantations occurred during rainy summers and inside of greenhouses. This study aims to identify and obtain tomato germplasms resistant to bacterial wilt from 23 lines of tomato and 24 experimental hybrids. It was utilized the isolates CRM 74, CRM 76 and CRM 77 of Ralstonia pseudosolanacearum for the evaluation of lines, and the isolates CRM 74 and CRM 77 for evaluation of the hybrids. The 23 lines, with seven controls, were sowed, transplanted after 21 days and inoculated with 15 ml of the bacterial suspension with 5x108 CFU ml-1 per vase of 500 ml. The experiment had a completely randomized with three repetitions and every parcel had four vases with one plant each. Evaluations were carried out observing the incidence and severity of the disease and based on the result it was calculated: bacterial wilt index (IMB), incidence (INC), latency period (PL 50) and area below the curve of disease progression (AACPD). The data were submitted to analysis of variance and the means were grouped by the Scott-Knott test at 5% probability. Besides that estimating the phenotypic, genotypic and environmental correlation coefficients between the resistance components and calculating the dissimilarity of the Mahalanobis distance (D) to determine the genetic divergence among the lines. The Yoshimatsu and Hawaii 7996 were used as testers in crosses with the 10 lines of best results tomatoes and cultivars IPA-6 and Santa Clara. Subsequently, F1 hybrid was evaluated for bacterial wilt resistance during 15 days, analyzing the incidence and disease severity (SEV) using a descriptive scale notes from 0 to 4. The data were used to determine the general (CGC) and specific combining (CEC) capacities to four resistance components, estimating genetic parameters such as heritability, phenotypic, genotypic and environmental variance. The interaction genotypes x isolates presented significant difference at 1% probability only for the variables latency period and area below the disease progress curve. Considering bacterial wilt index, lines L04, L42, L49, L53, L82, L120, L125 and L128 were classified as resistant, but for incidence there were no lines that behaved similarly to the resistant controls Hawaii 7996, Yoshimatsu and Woodstock. As for genotype correlations, in 100% of the pairs of characters, values equal to or slightly higher than the phenotypic correlations were observed. Similar to these two, in 50% of the cases, were slightly higher than the environmental correlations, showing that the environment favored as the same form for IMB x PL 50, IMB x AACPD and PL 50 x AACPD. For the analysis of the dendrogram, a cut around 15.2% dissimilarity allowed the formation of four distinct groups and four subgroups. Group I was composed of resistant genotypes containing: Hawaii 7996, Woodstock, Yoshimatsu, Tropithai, L04, L42, L49, L53, L82, L125, L120 and L128, in addition to lines with moderate resistance. Considering the combining abilities of the experimental hybrids, the crosses that showed the greatest potentials for resistance were the YOS x L04 with the two isolates, and the HAW x L125 with the isolate CRM 74, since they were the only ones with a positive CEC for PL 50 and negative for the others characters. Also, presenting values from intermediate to superior that highlighted for the character PL 50, besides a high value for CEC, and at least one of the parents presented a high CGC value, which it is desirable. Observing the genetic parameters, the estimated values of the genetic variance were higher than the environmental variance for all the resistance components studied for the two bacterial isolates. However, it was observed in this study that the gene expression of the tomato resistance phenotype is resulted from the action of additive and non-additive gene effects, where the non-additive gene effects are involved in the four resistance components and that the additive effects are involved in the IMB, INC and AACPD.
Palavras-chave: Solanum lycopersicum
Ralstonia pseudosolanacearum
Murcha bacteriana
Hibridação
Tomate
Controle de doença
Área(s) do CNPq: FITOTECNIA::MELHORAMENTO VEGETAL
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla da instituição: UFRPE
Departamento: Departamento de Agronomia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Melhoramento Genético de Plantas
Citação: MENDES, Adônis Queiroz. Resistência à murcha bacteriana em linhagens e híbridos de tomateiro. 2017. 84 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Melhoramento Genético de Plantas) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7063
Data de defesa: 28-Jul-2017
Aparece nas coleções:Doutorado em Melhoramento Genético de Plantas

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Adonis Queiroz Mendes.pdfDocumento principal1,07 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.