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Tipo do documento: Dissertação
Título: Sucessão florestal em cronossequência na floresta atlântica : capacidade de resiliência e influência do meio
Título(s) alternativo(s): Atlantic forest succession in a chronosequence : resilient potential and environmental influence
Autor: AGUIAR, Maria Manuela Bandeira de 
Primeiro orientador: SILVA, Ana Carolina Borges Lins e
Primeiro coorientador: NASCIMENTO, Ladivânia Medeiros do
Segundo coorientador: RODAL, Maria de Jesus Nogueira
Primeiro membro da banca: SANTOS, André Maurício Melo
Segundo membro da banca: CORTEZ, Jarcilene Silva de Almeida
Resumo: Florestas primárias se tornam mais escassas a cada dia, ao passo que a quantidade de florestas secundárias aumenta. Principalmente nos trópicos, áreas em regeneração tornam-se florestas potenciais para conservação da biodiversidade e manutenção de serviços ecossistêmicos. Porém, ainda não há um modelo unificado que preveja se a recuperação natural dessas florestas se dá de forma progressiva, assemelhando-se às florestas maduras ou se divergem e tornam-se florística e estruturalmente diferentes dessas florestas, principalmente em áreas urbanas com frequentes perturbações. O presente estudo teve como objetivo avaliar se, após o abandono, há convergência de floresta secundária para floresta madura em uma cronossequência inserida na paisagem urbana altamente impactada. Para isso, foi realizado o estudo das assembleias vegetais lenhosas (árvores, palmeiras e lianas), do dossel e sub-dossel, no Parque Estadual de Dois Irmãos, Recife, PE, em cinco localidades: duas em área de floresta madura e três em processo de regeneração. Os históricos das áreas foram determinados a partir de fotos aéreas históricas, delimitando-se uma cronossequência. A cronossequência foi constituída por duas localidades maduras (M1 e M2), uma localidade em regeneração tardia (R1, entre 34 e 46 anos) e duas localidades em regeneração inicial, uma menos impactada (R2) e outra mais impactada (R3), ambas com menos de 30 anos. Em unidades amostrais (UA) circulares de 254 m2 (dossel) e 78 m2 (sub-dossel), todos os indivíduos com DAP ≥ 10 cm (dossel) e ≥ 5 cm (sub-dossel) foram identificados e medidos. Foram colhidas informações de luminosidade e declividade de cada unidade amostral. Os dados foram analisados quanto à riqueza, por meio de rarefação, similaridade (NMDS e ANOSIM), espécies indicadoras, análise de indicadores fisionômicos e fatores abióticos (Kruskal-Wallis seguida pelo teste de Dunn e ANOVA seguida pelo teste de Tukey) e influência dos fatores abióticos (RDA seguida de Monte Carlo) para dossel e sub-dossel. Ao longo da cronossequência, houve um aumento significativo da riqueza, similaridade florística (maior semelhança entre áreas com idades próximas), maior similaridade do sub-dossel com o dossel das áreas com idades mais avançadas, e fisionomia (altura, densidade e área basal). Também foi observado que somente a área madura (M1 e M2) e a regenerante tardia (R1) possuíam espécies indicadoras de sucessão tardia. Entre as áreas mais jovens, aquela mais impactada diferiu em riqueza e fisionomia da menos impactada com mesma idade. Este padrão confirma a convergência da floresta em regeneração para a floresta madura, principalmente no sub-dossel, que já não apresentou diferenças na riqueza e fisionomia entre M1, M2 e R1. Os fatores abióticos declividade e luminosidade explicaram pobremente a sucessão, 9,5% e 8,7%, no dossel e no sub-dossel, respectivamente, embora de maneira significativa (p<0,05), sendo a idade desde o abandono o melhor preditor para riqueza e diversidade de espécies nesta cronossequência. A intensidade do impacto na área recente pode levar à necessidade de medidas de restauração devido à regeneração ser retardada sob estas condições. Assim, pode-se observar a convergência do sub-dossel em aproximadamente 40 anos, enquanto o dossel irá necessitar de mais tempo para convergir, porém já apresentando esta tendência.
Abstract: Primary forests are becoming scarcer, while the amount of secondary forests increases. Especially in the tropics, regenerating areas become potential forests for biodiversity conservation and for ecosystem services maintenance. However, there is not a unified model of the natural recovery of these forests, if progressive, converging to mature forests, or retrogressive, becoming floristic and structurally different from mature forests, especially in urban areas with frequent disturbances. We aimed at evaluating if after abandonment, there is convergence from secondary to mature forest using a chronosequence in a highly disturbed urban landscape. The study was conducted with the canopy and sub-canopy woody plant assemblage (trees, palm trees and lianas), in the State Park of Dois Irmãos, Recife, Pernambuco, Brazil, in five locations: two in a mature area and three in a regenerating area. We determined land use histories using historical aerial photographs, which allowed to determining the chronosequence. The chronosequence consisted of two locations of mature forests (M1 and M2), one location in late regeneration stage (R1, aging between 34 and 46 years) and two locations in initial regeneration stage, one less impacted (R2) and the other more impacted (R3), both under 30 years of abandonment). We used circular sample plots of 254 m2 (canopy) and 78 m2 (sub-canopy), were all individuals with DBH ≥ 10 cm (canopy) and ≥ 5 cm (sub-canopy) were identified and measured. Luminosity and slope information of each sample plot was gathered. Data were analyzed for richness, through rarefaction, similarity (NMDS and ANOSIM), indicator species, physiognomic indicators (Kruskal-Wallis followed by Dunn's test), abiotic factors (Kruskal-Wallis followed by Dunn's test and ANOVA followed by Tukey's test) and the influence of abiotic factors (RDA followed by Monte Carlo) for both canopy and sub-canopy. Throughout the chronosequence, there was a significant increase in richness, floristic similarity (greater similarity between areas with closer ages), greater similarity of the sub-canopy with older areas canopy, and physiognomy (height, density and basal area). We observed that late successional indicator species only occurred in the mature forest (M1 and M2) and the late regeneration area (R1). Among the initial regenerating stages, the one that was more impacted diverged in richness and physiognomy from the less impacted having the same age. This pattern confirms the convergence of regenerating forest to mature forest, especially in sub-canopy that showed no differences in richness and physiognomy between M1, M2 and R1. The abiotic factors of luminosity and slope poorly explained succession, 9.5% for the canopy and 8.7% for the sub-canopy, although these percentages were significant (p <0.05). Therefore, the best predictor of species richness and diversity in this chronosequence was the age since abandonment. The impact intensity in the regenerationg area may lead to restoration necessity due to the regeneration being delayed in such conditions. Thus, we conclude that the sub-canocopy can converge in approximately 40 years, while the canopy will require more time to converge, even though it already presents this tendency.
Palavras-chave: Floresta secundária
Floresta madura
Cronossequência
Área(s) do CNPq: CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla da instituição: UFRPE
Departamento: Departamento de Ciência Florestal
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais
Citação: AGUIAR, Maria Manuela Bandeira de. Sucessão florestal em cronossequência na floresta atlântica : capacidade de resiliência e influência do meio. 2016. 62 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4994
Data de defesa: 26-Fev-2016
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciências Florestais

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