@MASTERSTHESIS{ 2023:291579584, title = {Vermelho-boi: a menstruação no Projeto Atlas Linguístico do Brasil em uma análise dialetológica, numa perspectiva queer dos falares de Pernambuco}, year = {2023}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9590", abstract = "Dissertar sobre tabus relacionados à menstruação é tratar de dois assuntos tão milenares quanto atuais, pois a menstruação sempre existiu na história da espécie humana, e os ditos proibidos sempre existiram nas práticas sociais de linguagem. Esse aspecto histórico desemboca, atualmente, em diversos oceanos; um destes é de interesse da Teoria Queer. Neste local, engajamos uma missão inovadora, que consiste em navegar pelas águas do sistema gênero-corpo-sexo em interface com os apontamentos dialetológicos, na tentativa de desbravar fronteiras e limites inéditos. Este trabalho, então, procura investigar como são percebidos os tabus linguísticos acerca da menstruação, numa perspectiva queerificada, a partir das respostas à questão semântico-lexical 121 (QSL-121), do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), “as mulheres perdem sangue todos os meses. Como se chama isso?” (Comitê Nacional do Projeto ALiB, 2001, p. 31), coletadas no estado de Pernambuco. A partir daí, são analisadas qualitativamente quais dos registros dialetais coletados refletem nuances tabuísticas que se apresentam nas falas dos informantes entrevistados, sobretudo no que concerne à compreensão de como se organizam linguisticamente as acepções de corpo, gênero e sexo de pessoas que menstruam. Para discorrer acerca desse objetivo, a pesquisa ancora-se, teoricamente, principalmente em Cardoso (2010) e em Paim (2019) para os fundamentos da Dialetologia Pluridimensional; em Paim (2019), nos apontamentos metodológicos da Geolinguística; e em Butler (2020), Preciado (2009), nos pressupostos da Teoria Queer. Os resultados das análises revelam a existência de registros dialetais que se referem à menstruação por meio de várias expressões, como “estar doente”, ou “estar incomodada”, que fortalecem, por meio dessas marcas na linguagem, a concepção de impureza e de incapacidade do corpo, além de reforçarem tabus sociolinguísticos acerca dos ciclos de vida de quem menstrua, afetando os sentidos linguísticos quando o tema é a menstruação de diferentes grupos de pessoas.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem}, note = {Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia} }