@MASTERSTHESIS{ 2023:1467593251, title = {Literatura transetária : leituras para além das idades em “Contos de lugares distantes”, de Shaun Tan}, year = {2023}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9535", abstract = "Dentre os livros indicados "para crianças", há uma bem-vinda parcela de histórias que elastecem delimitações etárias, difundidas pela crítica especializada como crossover (Beckett, 2009). Aqui, pensaremos em termos de “literaturas transetárias”. Narrativas que nos dão a ler as infâncias não como períodos cronológicos, mas como experiências, articuladas a elaborações socioculturais. Essas infâncias habitam literaturas que vão além de um público previamente calculado, e oferecem aos leitores uma brecha libertária, a de se encontrar com os livros fora de rotas pré-programadas. Esta pesquisa apresenta como questão norteadora: De que forma a noção de literatura transetária aparece na obra “Contos de lugares distantes”, de Shaun Tan? O objetivo geral é analisar como a literatura transetária pode ser percebida com base na leitura crítica da obra “Contos de lugares distantes” (Tan, 2012a). Os objetivos específicos são: 1) Estudar a obra “Contos de lugares distantes” (Tan, 2012a), tendo em vista o conceito de “leitor implícito” (Iser, 1996) e outros pressupostos da Estética da Recepção; 2) Mapear produções sobre a literatura crossover (Beckett, 2009) e suas derivações em termos de produção acadêmica e de bibliografia teórica, a fim de perceber como vêm sendo utilizadas as diferentes nomeações de literaturas cujas parcelas significativas podem ser potencialmente transetárias; 3) Apresentar as percepções do escritor e ilustrador Shaun Tan, a partir de uma entrevista inédita realizada para esta dissertação. Nessa seção, revisitamos os preceitos da base teórica em diálogo com o livro de não ficção "Creature" (Tan, 2022b), a fim de oportunizar uma visão sobre literaturas transetárias a partir da dimensão da autoria. Para alcançar os objetivos elencados, recorremos aos pressupostos da Estética da Recepção, com os trabalhos de Iser (1996 e 1999), Jauss (1994), e consideramos, também, a leitura crítica de Zilberman (2015). Dialogamos, ainda, com perspectivas contemporâneas a respeito das relações entre livro e leitor, tais como: Turrión (2023), Squilloni (2023) e Bajour (2018). Quanto ao desenho metodológico, na perspectiva de Minayo (2007), realizamos uma pesquisa exploratória de base bibliográfica analítica, com abordagem qualitativa. Na leitura crítica dos contos, mapeamos o modo como cada um, por meio das articulações entre linguagens verbais e visuais, invoca múltiplos leitores, buscando em todo potencial leitor um diálogo possível com o elemento infância. Assim, as leituras do corpus literário apontam para uma obra de audiências cruzadas, ao evocar elementos associativos de múltiplos universos etários. Esperamos contribuir com a produção científica deste campo em expansão que é a teoria e crítica literárias voltadas às produções para as infâncias, tendo em vista a relevância de colocar em cena seus múltiplos leitores; um campo que se situa, cada vez mais, como um lugar de fronteiras, transições e subjetividades, como o são os próprios sujeitos que o coabitam.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem}, note = {Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia} }