@PHDTHESIS{ 2022:1499835958, title = {Caracterização de fontes de resistência genética contra espécies de Berkeleyomyces e Septoria lactucae em Lactuca sativa}, year = {2022}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9412", abstract = "A alface (Lactuca sativa L.) é a hortaliça folhosa mais importante no Brasil e no mundo. As cultivares de alface são agrupadas em diferentes morfotipos com especial destaque para os segmentos ‘Lisa’, ‘Crespa’, ‘Americana’, ‘Romana’, ‘Batávia’ e ‘Mimosa’. Os níveis de produtividade desta hortaliça e, em especial, das cultivares dos morfotipos ‘Americana’ e ‘Lisa’ vêm sendo afetados por duas doenças de etiologia fúngica: a septoriose causada por isolados de Septoria lactucae e murchadeira (causada por isolados de Berkeleyomyces basicola e B. rouxiae). A presente investigação objetivou identificar e caracterizar fontes de resistência contra S. lactucae e contra as duas espécies de Berkeleyomyces em germoplasma de L. sativa. Foram também realizados estudos de herança genética da resistência contra isolados das duas espécies de Berkeleyomyces. Foram desenvolvidos grupos de experimentos no Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças (Embrapa Hortaliças), em Brasília-DF durante os anos 2021 e 2022. No Capítulo 2, foram avaliadas 42 cultivares de alface em condições de campo (durante a estação chuvosa) para reação ao fungo S. lactucae. Nove cultivares categorizadas como resistentes em condições de campo foram posteriormente inoculadas com quatro isolados de S. lactucae em condições de casa de vegetação. Os valores de Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD) foram significativamente menores para as cultivares ‘BRS Mediterrânea’ e ‘Vanda’ (do grupo varietal ‘Crespa’). As demais cultivares mostraram reação de tolerância, com valores intermediários de AACPD, com a exceção da cultivar ‘Rubi’ (testemunha) que mostrou moderada suscetibilidade ao patógeno. No Capítulo 3 foram avaliadas 68 cultivares de alface que foram inicialmente inoculadas com um isolado de B. basicola. Um segundo ensaio foi conduzido utilizando 33 cultivares classificadas como resistentes no primeiro ensaio. As plantas foram analisadas e inoculadas com quatro isolados (dois de B. basicola e dois de B. rouxiae). Foi observada uma forte correlação entre resistência/suscetibilidade para B. basicola e B. rouxiae. Os grupos varietais do tipo ‘Romana’ e ‘Batávia’ apresentaram uma frequência mais elevada de acessos resistentes. Houve variação intervarietal entre acessos dos morfotipos ‘Crespa’, ‘Mimosa’ e ‘Americana’. A maioria das alfaces do segmento ‘Lisa’ se mostrou suscetível. No Capítulo 4, foram realizados, em condições controladas, estudos de herança da resistência genética contra as duas espécies de Berkeleyomyces em alface. Foram realizados distintos cruzamentos entre a cultivar ‘La Brillante’ (parental resistente do segmento ‘Batávia’) com ‘Elisa’ (parental suscetível do segmento ‘Lisa’). Marcadores moleculares do tipo RAPD e análise morfológica foram utilizados para confirmar a origem híbrida de plantas obtidas via cruzamentos controlados. Duas plantas individuais foram confirmadas via genotipagem como sendo híbridas F1 e então autofecundadas para obtenção de duas populações F2 segregantes. Ao todo, 413 plantas F2 foram inoculadas separadamente com B. rouxiae (247 plantas) e B. basicola (166 plantas). Testes de qui-quadrado (χ2) a 5% foram conduzidos para estimar a adequação dos padrões de segregação observados às proporções Mendelianas previstas. Respostas altamente contrastantes foram confirmadas entre os parentais ‘La Brillante’ (resistente) e ‘Elisa’ (suscetível) após a inoculação com os dois fungos. Segregações na população F2 se ajustaram melhor a um modelo monogênico dominante para a resistência contra as duas espécies fúngicas. Em conclusão, os resultados obtidos no presente trabalho indicam haver distintos níveis de resistência/suscetibilidade em relação aos patógenos Berkeleyomyces e S. lactucae nos diferentes morfotipos de alface. A caracterização genética de novas fontes de resistência contra esses patógenos representa uma importante contribuição para melhoramento da alface. O manejo destas doenças via utilização de cultivares resistentes pode garantir níveis maiores de sustentabilidade do cultivo desta hortaliça em regiões tropicais e subtropicais do Brasil e do mundo.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia}, note = {Departamento de Agronomia} }