@MASTERSTHESIS{ 2023:2136257246, title = {Oídio do tomateiro no Brasil: agentes causais, distribuição geográfica e fontes de resistência em Solanum (Lycopersicon)}, year = {2023}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9401", abstract = "Os oídios ou míldios pulverulentos são importantes doenças de plantas induzidas por fungos biotróficos altamente evoluídos (Ascomycota: Erysiphales). Os oídios podem causar severas perdas de produtividade na cultura do tomateiro (Solanum lycopersicum L.), sendo facilmente reconhecidos pelas colônias brancas presentes em todas as partes aéreas das plantas, exceto nos frutos. Os oídios são amplamente distribuídos, induzindo danos mais severos em cultivos protegidos e em áreas irrigadas por gotejamento. A nível mundial, um complexo de três patógenos tem sido associado aos oídios do tomateiro e outras Solanaceae: Erysiphe neolycopersici, Golovinomyces lycopersici (ambos induzindo oídio adaxial) e Leveillula taurica (causando oidio abaxial). Embora fungicidas possam ser utilizados, o uso de cultivares resistentes é a estratégia mais eficiente e sustentável para o controle desses patógenos. Esta dissertação teve como objetivo identificar e caracterizar morfológica e molecularmente isolados de patógenos indutores de oídio do tomateiro no Brasil e avaliar a reação de acessos do gênero Solanum (secção Lycopersicon) a isolados classificados como E. neolycopersici. No Capítulo II, 73 isolados foram obtidos de plantas de tomateiro com sintomas/sinais de oidio, de diferentes áreas de produção em quatro regiões geográficas do Brasil. Destes, 14 foram selecionados para caracterização molecular via sequenciamento de DNA de amplicons da região ITS-5.8S rDNA obtidos com um par de primers (PMITS1/PMITS2) específicos para identificação de Erysiphales. A combinação de análises morfológicas e moleculares confirmou a predominância de isolados de E. neolycopersici causadores do oidio adaxial no Brasil. Os levantamentos indicaram o jiló (S. aethiopicum var. gilo), batata (S. tuberosum) e Nicandra physaloides como hospedeiros naturais de isolados de E. neolycopersici. Solanum acanthodes foi relatado pela primeira vez como hospedeiro experimental desse patógeno. No Capítulo III, avaliou-se a reação de 174 acessos e oito híbridos interespecíficos experimentais do gênero Solanum (Lycopersicon) a isolados de E. neolycopersici. Altos níveis de resistência foram detectados em um número restrito de acessos de espécies silvestres. A maioria dos acessos de S. habrochaites apresentou resposta do tipo imunidade ao patógeno. Solanum chilense ‘CNPH 0410’ e S. peruvianum ‘CNPH 0201’ também foram imunes, correspondendo ao primeiro registro desses acessos como novas fontes de resistência a esse fungo. Solanum pennellii ‘CNPH 0409’ mostrou-se altamente resistente a isolados de E. neolycopersici. O acesso S. arcanum ‘LA-2172’ (fonte original do gene Ol-4) apresentou significativa recuperação dos sintomas e se comportou como resistente. Plantas de híbridos experimentais interespecíficos envolvendo acessos de S. lycopersicum suscetíveis e acessos de S. habrochaites resistentes não apresentaram sintomas, indicando a presença de fatores de resistência dominantes nesses acessos silvestres. No Capítulo IV, oito isolados de L. taurica (três de tomateiro, três de Capsicum e dois de jiló) foram obtidos de áreas de cultivo nas regiões nordeste e centro-oeste do Brasil. Todas as plantas apresentaram sinais e sintomas abaxiais característicos do patógeno. Os isolados foram caracterizados morfológica e molecularmente por meio do sequenciamento de segmentos da região ITS-5.8S rDNA utilizando o par de iniciadores PMITS1/PMITS2. As estruturas fúngicas observadas e a caracterização molecular dos oito isolados corresponderam àquelas descritas na literatura como L. taurica. Em conclusão, os resultados obtidos no presente trabalho indicam que as espécies E. neolycopersici (causando oídio adaxial) e L. taurica (causando oídio abaxial) estão amplamente distribuídas na cultura do tomateiro no Brasil. Acessos de germoplasma identificados e caracterizados com altos níveis de resistência a isolados de E. neolycopersici podem ser empregados em programas de melhoramento de tomateiro visando o desenvolvimento de cultivares mais adaptadas às regiões tropicais e subtropicais do Brasil.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia}, note = {Departamento de Agronomia} }