@PHDTHESIS{ 2020:194170314, title = {Percursos da educação ambiental nos processos de produção do currículo nos microcontextos da escola}, year = {2020}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9278", abstract = "O objetivo desta pesquisa foi compreender aspectos e modos de inserção da Educação Ambiental (EA) em microprocessos políticos de produção do currículo na escola básica. Para isso, fez-se uso de referenciais teóricos e metodológicos da vertente crítica da EA e de uma abordagem do ciclo de produção de políticas educacionais elaborado pelo sociólogo inglês Stephen Ball e seus colaboradores. Em particular, esta última referência permitiu constituir entendimentos sobre processos de produção de políticas curriculares em diferentes contextos articulados, dando especial ênfase ao contexto da prática, isto é, ao contexto de realização do currículo no âmbito das instituições escolares. Neste trabalho, argumenta-se a importância de um referencial de política curricular para o entendimento da Educação Ambiental no contexto da escola. Sendo a escola o “contexto da prática” do ciclo de produção das políticas curriculares, ela própria recria, interpreta e traduz em seu interior os contextos de produção do currículo – nesta escala designados “microcontextos de influência, de produção de textos e de realização pedagógica” -, os quais funcionam sem delimitações espaciais e temporais e são interdependentes entre si durante os processos de elaboração e execução do currículo. Como consequência, a EA seria resultante das relações e embates havidos nesses microcontextos e sua compreensão é dependente de uma abordagem calcada no contexto da escola. A pesquisa foi realizada em duas escolas de ensino fundamental situadas em duas cidades de Pernambuco. Os dados foram constituídos nos anos de 2018 e 2019, tendo como procedimentos de pesquisa a observação participante e caderno de campo, e por meio de entrevistas semiestruturadas gravadas em áudio e vídeo e transcritas. As análises mostraram que não existe nas escolas pesquisadas um currículo próprio da Educação Ambiental, no sentido de um corpo de premissas ou conteúdos que o constitua, mas há de fato um “currículo que insere a EA” segundo as práticas e demandas escolares regulares, por vezes agregando novas temáticas ou simplesmente conferindo novos significados aos conteúdos disciplinares. Os modos de inserção da EA nessas instituições atenderam à elaboração e execução coletiva de projetos pedagógicos interdisciplinares orientados por um tema central que geralmente abrange questões ambientais e outras temáticas. As definições da EA aconteceram em pelo menos três microcontextos de produção do currículo na escola: microcontexto de influência – nas discussões e deliberações acerca do que deve ser ensinado –, de produção de textos – nos processos de elaboração dos projetos pedagógicos –, e da prática – na execução das ações pedagógico-ambientais. Percebe-se nas escolas pesquisadas a predominância de discursos ambientais associados à vertente crítica da EA que orientam as ações dos atores escolares nos microcontextos de influência e produção dos textos e que se hegemonizaram em meio a debates, permeados de argumentações e alianças entre pessoas que comungam de ideias e interesses afins. Contudo, no contexto da prática, isto é, da realização pedagógica, evidenciaram-se os discursos ambientais híbridos, os quais mesclam características das vertentes conservacionistas, pragmáticas e críticas da EA.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ensino das Ciências}, note = {Departamento de Educação} }