@MASTERSTHESIS{ 2021:575810355, title = {Herpesvírus em equídeos no Brasil}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8879", abstract = "Objetivo desta dissertação é descrever a ocorrência de um surto de exantema coital provocado por alfaherpesvírus equino 3 (EHV-3), no Estado Rio Grande do Norte. O efetivo de equídeos nacional é estimado em 5.228.434 cabeças, sendo estas compostas por 4.236.062 equinos (81%), 615.498 muares (11,8%) e 376.874 asininos (7,2%). Dentre as importantes causas de prejuízos econômicos para a cultura de equídeos, destaca-se os distúrbios respiratórios e reprodutivos, estes muitas vezes estão associados à infecções por herpesvírus. Cinco diferentes herpesvírus causam doença clínica em equinos domésticos sendo estes os alfaherpesvírus equinos 1,3 e 4 (EHV-1, EHV-3 e EHV-4) e os gammaherpesvírus equinos 2 e 5 (EHV-2 e (EHV-5). Estima-se que 80–90% dos equinos com até 2 anos de idade já tenham sido infectados por EHV-1 e/ou EHV-4. Estes provocam abortos, lesões respiratórias e mieloencefalopatia nos seus hospedeiros. No Brasil estes agentes são endêmicos, porém não há diagnóstico do EHV-4 como causador de enfermidades, havendo apenas evidências sorológicas de sua presença. A prevalência de anticorpos para esses agentes demonstra que os asininos e muares, mesmo sendo raramente afetados clinicamente, apresentam fundamental importância na disseminação do EHV-1 e EHV-4 em plantéis. EHV-3 é responsável por causar uma doença reprodutiva chamada de exantema coital equino (ECE). Esta doença é caracterizada por úlceras nas regiões genitais, asininos e muares podem ser afetados. As gamaherpesviroses EHV-2 e EHV-5 têm sido mais recentemente estudadas, esta última associada a importantes danos pulmonares em equinos, caracterizada como por grave fibrose pulmonar multinodular em equinos, suspeita-se que essa seja uma nova enfermidade emergente. Não há no Brasil diagnóstico de herpesviroses que tenham asininos como hospedeiro. O surto descrito ocorreu em um haras na região semiárida do Estado do Rio Grande do Norte. Os principais sinais clínicos consistiram em anorexia, hiporexia, secreção fibrinosa ou purulenta na mucosa do pênis e vagina. Duas éguas apresentavam lesões discretas que consistiam em cicatrizes na mucosa da vagina e na região perivulvar. Em um garanhão, a doença consistia em úlceras umbilicadas-exantematosas severas, histologicamente prepúcio com dermatite necrosante com acantose com alguns queratinócitos contendo corpúsculo de inclusão eosinofílico intranuclear, notável infiltrado inflamatório e perivasculite. O DNA do EHV-3 foi amplificado em amostras de sangue e mucosa do pênis pela técnica de PCR. Este é o primeiro relato de diagnóstico molecular de exantema coital equino afetando cavalos no Nordeste do Brasil. Novos estudos devem ser realizados a fim de investigar a epidemiologia e a importância dessa doença herpética no país.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária}, note = {Departamento de Medicina Veterinária} }