@PHDTHESIS{ 2019:86034581, title = {Padrões de riqueza e utilização de plantas em florestas tropicais}, year = {2019}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8785", abstract = "Esta tese apresenta uma abordagem sobre a relação entre a riqueza ambiental e utilitária de espécies vegetais em florestas tropicais, aplicando modelos ecológicos, com o intuito de compreender o produto resultante dessa interação. Em termos de ambiente, realizamos dois estudos com florestas tropicais: na primeira abordagem, utilizamos duas áreas de floresta tropical, uma inserida em um ambiente de floresta úmida com vegetação característica de uma floresta semidecidual e a outra em um ambiente de caatinga com floresta sazonalmente seca. No segundo estudo, utilizamos uma área de floresta seca com consideráveis elevações no relevo, onde os regimes pluviométricos mudam consideravelmente ao longo de um gradiente de precipitação. Para estudar os padrões de riqueza e utilização de espécies nas florestas tropicais, utilizamos a hipótese da versatilidade e o Modelo da Redundância Utilitária como suporte para compreender as estratégias de seleção de recursos nesses ambientes. Realizamos levantamentos fitossociológicos em todas áreas selecionadas, como também coletamos material botânico para identificação em herbário. Esse processo de coleta foi necessário para compor o checklist entrevista, um método de estímulo visual amplamente utilizado em estudos etnobiológicos. Todas as espécies identificadas em herbário foram apresentadas juntamente com fotos da planta viva a todos os moradores das comunidades. No primeiro estudo, para testar a primeira hipótese, utilizamos o teste de qui-quadrado para verificar a proporção de riqueza de espécies e espécies úteis, para analisar segunda hipótese sobre a versatilidade dos ambientes, utilizou-se um teste T, e na terceira hipótese o teste de Kruskal-Wallis para verificar a redundância utilitária dos ambientes em uma perspectiva intracategoria e um teste T na perspectiva intercategoria. Para o segundo estudo, tivemos as mesmas hipóteses, do estudo anterior. Utilizamos novamente o teste de qui-quadrado para a primeira, Kruskal-Wallis para a segunda, e na terceira hipótese, utilizou-se uma ANOVA em uma perspectiva de intracategoria e um teste de Kruskal-Wallis na perspectiva de intercategoria. Os resultados do primeiro estudo demonstraram que as duas áreas são relativamente semelhantes na proporção de riqueza de espécies e espécies utilizadas, nos levando a sugerir que outros estudos que tenham como objetivo verificar padrões de riqueza e espécies úteis, realizem suas abordagens em ambientes mais distintos fitofisionomicamente, muito provavelmente porque o fragmento de floresta úmida, que deveria apresentar uma maior riqueza do que a floresta seca, sofreu consideráveis perturbações e perda de espécies ao longo do tempo, devido à monocultura da cana de açúcar, o que pode ter influenciado diretamente na composição de espécies. A notável semelhança entre a proporção de riqueza total e riqueza de espécies úteis das áreas, também pode ter influenciado nos resultados do Modelo da Redundância Utilitária, onde não conseguimos observar diferenças significativas com relação a quantidade de espécies que desempenham o mesmo uso dentro de um sistema, o que nos faz acreditar como a disponibilidade de espécies no ambiente pode influenciar diretamente nas escolhas dos recursos vegetais por populações locais. Quanto a versatilidade, conseguimos corroborar a nossa hipótese ao demonstrar que as espécies do ambiente com baixa riqueza, sofrem uma pressão de uso relativamente maior do que o ambiente representado por uma maior riqueza de espécies. Na segunda abordagem a nível de gradiente de pluviosidade, não encontramos uma relação significativa com a riqueza ambiental e riqueza de espécies úteis, de certa forma que a proporção da riqueza total/espécies úteis não pôde ser estatisticamente comprovada. A ANOVA também não se mostrou significativa para testar a versatilidade de espécies, e verificamos que o ambiente mais versátil foi aquele que apresentou índices pluviométricos maiores, o que pode ser explicado pela maior disponibilidade de recursos vegetais ao longo do ano, uma vez que na falta de água, muitas estruturas como folhas e frutos desaparecem. Sendo assim, diminuição da intensidade do fenômeno da caducifólia, fez com que as pessoas pudessem experimentar e testar uma maior quantidade de recursos, o que pode ter conferido a este ambiente, uma maior versatilidade de usos para as plantas. Para a terceira hipótese, não encontramos relação significativa com nenhuma das categorias de uso verificadas, no que se diz respeito à Redundância Utilitária. Trazendo nossos achados para uma abordagem conservacionista, recomendamos uma maior atenção e investimento de estratégias de manejo e conservação para ambientes que possuem uma baixa riqueza de espécies, tendo em vista que a extinção e redução de espécies pode acontecer de forma mais acentuada nesses locais.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }