@MASTERSTHESIS{ 2021:396378461, title = {Potencial imunomodulatório da 1,3,7 trimetilxantina em modelos de infecção experimental por Listeria monocytogenes}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8740", abstract = "Doenças bacterianas são uma das principais causas de mortalidade no mundo e há uma grande preocupação nos serviços de saúde quando se trata de cepas resistentes aos antibióticos, necessitando que a ciência sempre investigue novas alternativas de tratamento. Estudos com a cafeína (1,3,7 trimetilxantina) mostram sua influência em processos fisiológicos, incluindo a modulação do sistema imune, apresentando um potencial anti-inflamatório. Neste estudo, a hipótese de que a cafeína seria capaz de influenciar na reposta inflamatória derivada de processos infecciosos foi avaliada utilizando-se como modelo de infecção bacteriana uma cepa virulenta de Listeria monocytogenes. Esta espécie é causadora da listeriose, uma doença transmitida através de alimentos contaminados que acomete seres humanos e animais. Foram realizados testes para determinar se a cafeína teria efeito inibitório sobre o crescimento de L. monocytogenes in vitro. Culturas de macrófagos peritoneais (pMΦ) obtidas de camundongos Swiss foram submetidas à infecção com a bactéria e tratamento com cafeína (0,05; 0,5 e 5 μg/mL), utilizando-se dois esquemas: a) tratamento com cafeína seguido de infecção; b) infecção seguida de tratamento com cafeína. A quantificação bacteriana intracelular e viabilidade dos pMΦ foi medida ao fim dos experimentos. Posteriormente, ensaios in vivo foram realizados para determinar o potencial anti-inflamatório da cafeína. Neste caso, os animais do grupo experimental foram infectados, via intraperitoneal, com L. monocytogenes (0,2 mL; 1 x 107 células/mL) e, após 30 minutos, foram tratados com a cafeína, via endovenosa, nas concentrações de 0,05; 0,5 ou 5 mg/Kg. Como controles, foram utilizados animais infectados e administrados com salina fosfatada (PBS) ou com o anti-inflamatório dexametasona (DEXA). Após 6 horas os animais foram sacrificados, a quantidade de leucócitos no fluido peritoneal e sangue determinada, sendo a bactéria quantificada em diferentes tecidos e órgãos. Um fragmento do baço foi dissecado para análise da expressão gênica das citocinas TNF-α, IL-1β, IL-6, IL-10 e da enzima Óxido Nítrico Sintase induzível (iNOS). Os resultados mostraram que a cafeína não apresenta ação antimicrobiana direta contra L. monocytogenes, mas foi capaz de aumentar a viabilidade dos macrófagos infectados, apesar de não haver maior eliminação da bactéria no interior dos pMΦ. Nos testes in vivo, a administração de cafeína produziu ação anti-inflamatória, reduzindo de forma significante o recrutamento de leucócitos para a cavidade peritoneal e a quantidade de leucócitos circulantes no sangue. Quando comparados ao grupo controle, a expressão gênica das citocinas inflamatórias IL-1β e IL-6 foi diminuída e a da citocina anti-inflamatória IL-10 foi aumentada. A expressão da enzima iNOS também foi diminuída nos grupos tratados com cafeína, quando comparados ao grupo PBS infectado. Os dados aqui apresentados apontam para o potencial da utilização de cafeína como anti-inflamatório na prevenção de processos inflamatórios graves derivados de infecções bacterianas.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal}, note = {Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal} }