@PHDTHESIS{ 2019:1537553123, title = {Estratégias ecofisiológicas e comportamentais adotadas por grupos de saguis (Callithrix jacchus) periurbanos e selvagens, sujeitos às variações na disponibilidade e na diversidade de alimentos na caatinga}, year = {2019}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8181", abstract = "O sagui-do-Nordeste (Callithrix jacchus) é um primata que, em contraste com as demais espécies de primatas, atua como colonizador de ambientes, dado à sua plasticidade ecológica. Em pelo menos três décadas numerosos estudos de campo têm sido realizados com a espécie, versando quase sempre sobre aspectos de sua ecologia e comportamento. Todavia, essa base inestimável de dados científicos se concentra, primordialmente, aos grupos e populações de ocorrência restrita a ambientes mésicos de Mata Atlântica. Numerosas lacunas a respeito da vida desses mesmos animais em ambientes xerófitos, como as Caatingas, estão por ser preenchidos. Há forte indícios que sustentam a hipótese de ter sido em um cenário como a Caatinga, com toda a sua severidade ambiental, que o sagui-do-Nordeste teria desenvolvido, em termos evolutivos, o conjunto de estratégias ecofisiológicas e comportamentais, para sobreviver às intempéries e, de lá se irradiar para outros ambientes. Durante contínuos 27 meses, seis grupos, multi-machos, multi-fêmeas, com uma média de nove indivíduos foram monitorados, durante 8 horas/dia, três dias por semana. Na oportunidade procederam-se capturas para a identificação individual e, em um caso, para a coleta de amostras biológicas em indivíduos que apresentavam anomalias genéticas (albinismo). Mais de cinco mil registros de dados comportamentais (sociais afiliativos, individuais e agonísticos) foram coletados. O capítulo inicial (Cap. 1) faz uma revisão sobre C. jacchus e o bioma Caatinga. Os resultados em termos de estratégias reprodutivas, foca aspectos relacionados à periodicidade de nascimentos face a estacionalidade climática (Capítulo 2), revelando que os grupos de ambiente xéricos mantiveram-se reprodutivamente ativos em ambos os períodos estacionais, tal como observado nos grupos de ambiente mésicos. Com relação à alimentação, os grupos mostraram-se oportunistas e generalistas, embora fortemente gomívoros, com percentuais de consumo de goma em torno de 50% para ambas as estações climáticas. O capítulo 3 traz um detalhe inédito de um registro de predação e consumo, que discute as estratégias de conservação de energia adotadas pelo animal; enquanto o capítulo 4 relata um outro caso anedótico de consumo de um vegetal exótico da produção agrícola local, indicativo da versatilidade desses pequenos primatas. Como resposta às pressões ambientais somadas aos efeitos antropogênicos a que esses animais estiveram expostos na Caatinga – isolamento e restrição de habitat principalmente – o capítulo 5 relata os primeiros registros de múltiplos nascimentos de díades 50% e 100% albinas e o capítulo 6 discorre a respeito das interações sociais e dos aspectos clínico-patológicos desses eventos de albinismo. Por fim, assume-se que as pressões e restrições ambientais observadas na Caatinga, além de servirem para potencializar o desenvolvimento de habilidades de sobrevivência no ambiente de Caatinga e favorecer a irradiação adaptativa e dispersão do sagui-do-Nordeste, aportou informações surpreendentes que abrem novas fronteiras na compreensão das intrincadas relações ecológicas e caminhos evolutivos trilhados pelos primatas neotropicais.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical}, note = {Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal} }