@MASTERSTHESIS{ 2019:473653382, title = {Isolamento reprodutivo e reciprocidade em espécies simpátricas de Chamaecrista Moench. (Fabaceae)}, year = {2019}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8178", abstract = "O conhecimento das estratégias reprodutivas interespecíficas permite formular hipóteses sobre os eventos que levam à existência e manutenção das barreiras naturais. Estudos têm relatado a existência de híbridos em Chamaecrista. Objetivamos investigar as barreiras de isolamento reprodutivo entre espécies simpátricas de: C. ramosa; C. rotundifolia; C. rotundifolia var. rotundifolia; C. hispidula e C. flexuosa. O estudo foi realizado na RPPN de Nossa Senhora do Oiteiro de Maracaípe, Ipojuca-PE. No primeiro capítulo foram investigados os possíveis barreiras de isolamento reprodutivo através: 1) observação da distribuição no espaço das populações naturais (barreira espacial); 2) acompanhamento do período de floração (barreira temporal); 3) descrição dos tipos enantiostílicos (barreira morfológica) e 4) cruzamentos interespecíficos bidirecionais (barreira fisiológico); e 5) investigação de partilha de polinizadores (barreira ecológica). Todas as espécies foram consideradas sincronopátricas, pois têm em comum a sobreposição da distribuição espacial dos agrupamentos e do período de floração, entretanto com estratégias diferenciadas. Todos os cruzamentos formaram frutos, com exceção de C. flexuosa x C. rot. var. rotundifolia. O sucesso nos tratamentos de polinização mais expressivo foi de 80% para C. rotundifolia x C. rot. var. rotundifolia, em contrapartida, houve baixa formação entre C. flexuosa x C. hispidula, C. flexuosa x C. ramosa (5%) cada. Nos cruzamentos envolvendo C. flexuosa e C. ramosa foi observado o elevado aborto dos frutos (89,5-95%), por volta de 5 a 10 dias após a polinização. A germinação de sementes híbridas apresentou baixa viabilidade relacionada às espécies C. ramosa e C. hispidula (G=8-24%). As máximas porcentagens de germinação ocorrem para C. rot. var. rotundifolia x C. hispidula (G=100%) e C. hispidula x C. rot. var. rotundifolia (G=83,3%). Abelhas do gênero Florilegus sp. visitam flores do tipo Ramosa o que sugere potencial para hibrização contínua. Todos os visitantes florais foram abelhas, sendo que C. ramosa recebeu a maior diversidade de visitantes (n=8). Xylocopa carbonaria, X. cearense e Eufrisea sp. partilham flores de C. flexuosa e C. ramosa. Eufrisea sp. esteve presente em todas as espécies de Chamaecrista estudadas, com exceção apenas de C. rotundifolia. A análise dos Tipos enantiostílicos apontou três diferentes: Ramosa, Flexuosa, Amiciella. Sugerimos que, sua funcionalidade demostrou maior eficiência como barreira de isolamento, já que quando presente indicou redução no sucesso pré e pós reprodutivo. Para o segundo capítulo, investigamos a possibilidade de desvios de reciprocidade entre duas espécies na mesma área de estudo supracitada, indicando a relação do sistema reprodutivo e as variações de respostas adaptativas das populações naturais a processos de mudanças ambientais em relação ao padrão hercogâmico recíproco. Objetivamos analisar a reciprocidade intra e interespecífica em flores enantiostílicas de C. ramosa e C. rotundifolia. Através de um banco de imagens de flores das espécies, com escala em milímetros. Foram realizadas medições a partir de imagens em 10 flores abertas do dia por 10 (C. ramosa; n=100) e cinco (C. rotundifolia; n=50) dias, em três agrupamentos por espécie. Foram analisadas em um tabuleiro gradeado (letras x números) e com auxílio do software power point, foram medidos em cada flor os seguintes caracteres: altura e afastamento em relação ao centro floral do estigma e da pétala falcada, além do diâmetro floral. Verificamos que dias intercalados há produção de flores de maiores tamanhos. Para Chamaecrista ramosa a morfologia floral variou entre 20,7-24,3mm e C. rotundifolia variou de 7,7-12,6mm de comprimento. C. ramosa apresenta, maior tamanho floral e maior amplitude de captação e deposição de pólen comparado à C. rotundifolia, sendo assim, pode apresentar-se como promotor de aumento da área de deposição e captação de pólen no corpo do polinizador, aumentando a especificidade dos cruzamentos e reduzindo as chances de geitonogamia.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }