@PHDTHESIS{ 2017:757544690, title = {Montagem funcional de comunidades vegetais sob a perspectiva da filtragem abiótica}, year = {2017}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7381", abstract = "A montagem das comunidades é influenciada por processos históricos, bióticos e abióticos que funcionam como filtros que restringem no tempo e no espaço as comunidades locais. Com base nisto, a hipótese deste trabalho foi que a variação na disponibilidade de água ao longo do gradiente altitudinal funciona como um fator estruturador das comunidades vegetais. Deste modo, foram levantadas as seguintes previsões: 1) nas áreas com menor disponibilidade de água as plantas terão folhas com menor área específica, maiores concentrações de nitrogênio e fósforo, madeira mais densa, menor quantidade de água saturada no caule e alturas mais baixas que nas cotas de maior altitude; 2) haverá menor diversidade taxonômica na área com menor disponibilidade de água; o inverso ocorrendo na área com maior disponibilidade; 3.1) haverá maiores riqueza e dispersão funcional conforme aumente a disponibilidade de água e 3.2) haverá convergência funcional nas áreas com menor disponibilidade de água e divergência nas áreas com maior disponibilidade. Para testar estas previsões foram estimadas as variáveis climáticas, determinadas as propriedades químicas e físicas do solo e mensuradas sete características funcionais (foliares, tronco e planta inteira) em todas as espécies que ocorriam em quatro áreas ao longo de um gradiente altitudinal, localizadas no semiárido, em Pernambuco, Brasil. Foi observado um déficit hídrico médio anual mais elevado na cota inferior (509 m), na maioria dos meses do ano, e nulo ou quase nulo nas duas cotas superiores (888 e 1004 m). As áreas de 1004 m e 632 m exibiram maior disponibilidade de nutrientes no solo. A área foliar específica (AFE), concentração de nitrogênio (CNF) e fósforo (CPF), e a altura máxima (AM) mudaram ao longo do gradiente altitudinal, sendo que os maiores valores de AFE foram encontrados em 888 m, CNF em 509 m, CPF em 632 m, e AM em 1004. As demais características funcionais não mudaram ao longo do gradiente. A maioria das características nas diferentes áreas não mostrou sinal filogenético, indicando que o grau de parentesco não influenciou nos valores das características funcionais. Cobre (Cu), capacidade de troca catiônica (CTC), saturação por bases da CTC a pH 7,0 (V%) e acidez trocável (H+Al) demonstraram influenciar os valores das características nas diferentes parcelas avaliadas no gradiente. Os resultados demonstram que as características são influenciadas de forma diferenciada pela mudança dos processos na montagem das comunidades. Em relação à diversidades taxonômica observa-se aumento da riqueza, diversidade e equabilidade, seguindo a elevação no gradiente. Já a riqueza funcional, mostrou que a riqueza funcional sofreu modificações ao longo do gradiente, sendo afetada pelas variáveis abióticas, e mostrando correlação com a riqueza taxonômica, o que indica que esse componente funcional foi afetado pela diversidade taxonômica. A dispersão funcional não mudou e nem mostrou relação com as variáveis abióticas, indicando similaridade funcional entre as áreas. Houve convergência das características na área de 632 m, e divergência em 1004 m, indicando que processos abióticos possuem maior importância na montagem de comunidades em áreas com menor disponibilidade hídrica e que processos bióticos passam a ser mais importantes quando os fatores abióticos se tornam menos limitantes. Esses resultados indicam que os processos que atuam promovendo a coexistência das espécies podem não ser os mesmos que causam a diferenciação funcional.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais}, note = {Departamento de Ciência Florestal} }