@PHDTHESIS{ 2016:537824732, title = {Influência do tipo de entorno na intensidade do efeito de borda : diversidade, respostas funcionais e regeneração da vegetação lenhosa de fragmentos protegidos de floresta atlântica}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7281", abstract = "O tipo de uso da terra no entorno dos fragmentos florestais pode induzir mudanças abióticas e bióticas, sobretudo na borda desses remanescentes, provocando variações na diversidade, função e regeneração das assembleias vegetais. Dessa maneira, podem influenciar o efeito de borda sobre os fragmentos florestais de diferentes formas, a depender das características de cada tipo de uso e da sua predominância no entorno. Esta tese teve como objetivo compreender qual tipo de uso do solo no entorno da floresta tropical Atlântica induz um efeito de borda mais intenso. Fragmentos em um gradiente urbano-rural na Região Metropolitana do Recife tiveram seu entorno mapeado para a quantificação de áreas urbanas e rurais e definição das áreas de coleta: fragmento com entorno urbano, com entorno suburbano e com entorno rural. Nestas áreas, foi avaliada a riqueza e diversidade, respostas funcionais e regeneração das espécies de plantas lenhosas, arbóreas e arbustivas, na borda e no interior. Visando a construção de um perfil estrutural completo da ocupação vertical de cada fragmento selecionado, as plantas foram amostradas por três critérios de inclusão: (i) plantas com circunferência ao nível do peito ≥ 15 cm; (ii) plantas com circunferência ao nível do peito < 15 cm e com circunferência ao nível do solo ≥ 3 cm; e (iii) plantas com circunferência ao nível do solo < 3 cm e altura ≥ 10 cm. O alto grau de urbanização induziu uma maior heterogeneidade entre borda e o interior, afetando negativamente a riqueza e diversidade de espécies, especialmente no componente arbóreo. No remanescente com baixo grau de urbanização no entorno, onde predominam plantações de cana-de-açúcar, a riqueza e a diversidade do sub-bosque também foram reduzidas. Do ponto de vista funcional, o fragmento com entorno mais urbanizado também foi mais ameaçado pelo efeito de borda que os demais e as espécies com sementes de tamanho pequeno, menor altura máxima, dispersão abiótica e intolerância à sombra apresentaram maior proporção de espécies e de indivíduos na borda deste fragmento. As espécies do sub-bosque alto da floresta, ou seja, aquelas que não alcançam o dossel, mas que ultrapassam 4 m de altura, tiveram sua regeneração bastante comprometida pelo aumento da urbanização do entorno. O fragmento com nível intermediário de urbanização no entorno apresentou, em diversas situações, relação borda-interior mais homogênea para diversidade, respostas funcionais e regeneração. Neste fragmento predominam atividades rurais de baixa intensidade. Portanto, ao longo do gradiente urbano-rural, áreas mais urbanizadas no entorno da floresta induzem efeito de borda mais intenso, tanto do ponto de vista estrutural como funcional, afetando na borda dos fragmentos: o número e a diversidade de espécies, principalmente quanto ao modo como os indivíduos se organizam espacialmente; a frequência de determinadas espécies; a proporção de características funcionais das plantas que tendem a apresentar maior sobrevivência; e a regeneração de espécies do sub-bosque alto. As áreas com um nível de urbanização intermediário e predominância de atividades rurais de baixa intensidade (chácaras e sítios) tendem a induzir efeito de borda mais ameno que áreas rurais com atividade intensa (atividade canavieira). Este cenário indica: que ações específicas de manejo devem ser adotadas nas bordas florestais a fim de mitigar o efeito de borda percebido sobre a vegetação, especialmente nos fragmentos em contato com áreas mais urbanizadas; que tanto a definição destas medidas mitigadoras quanto o planejamento de áreas para conservação deve considerar a estrutura e a dinâmica do tipo de uso de solo no entorno da floresta; e que as respostas das espécies devem ser avaliadas por categoria de ocupação vertical, especialmente se considerado a efetividade das respostas das espécies que ocupam a porção intermediária na estratificação vertical da floresta.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }