@MASTERSTHESIS{ 2017:832018173, title = {Aço e suor pelo açúcar e em nome do progresso : 1ª Seção da Recife São Francisco Railway (Pernambuco, 1852-1859)}, year = {2017}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7118", abstract = "Através do Decreto n. 1.030, de 07 d agosto de 1852, uma concessão imperial autorizou a construção de uma estrada de ferro na Província de Pernambuco, que seria empreendida pela Recife and São Francisco Railway Company. A norma fixou política de garantia de juros; permitiu a aquisição de bens livres de incidências tributárias; previu a desapropriação de terras; vedou a utilização de trabalhadores escravos; isentou do recrutamento e concedeu dispensa do serviço militar àqueles que trabalhassem na ferrovia. Sob o manto do discurso do progresso e da Nação, destacaram-se as ações do homem sobre a natureza e sobre o próprio homem, alterando condições políticas, sociais e a própria cartografia da região à época, mesmo diante da perpetuação da escravidão e dos elementos constitutivos da plantation açucareira – latifúndio, trabalho forçado e monocultura voltada à exportação. Políticos, investidores, engenheiros e trabalhadores integraram essas dinâmicas público-privadas, analisadas desde os debates parlamentares de autorização normativa, passando pela construção e funcionamento da 1ª seção da estrada de ferro. Construídos 31,5 km, a 1ª seção foi inaugurada e abreviou a trajetória entre Cinco Pontas (Recife) e vila do Cabo. Verificou-se diversidade e precariedade dos estatutos formais dos trabalhadores, dentre eles recrutas e desertores, que abriram caminhos, bateram dormentes e firmaram trilhos daquela ferrovia. O Imperador Dom Pedro II, após experimentar a estrada, em 01 de dezembro de 1859, apontou em seu diário as impressões da paisagem, do engenheiro em chefe, dos trabalhadores e das oficinas. Foi a partir dessas várias alterações e artefatos deixados em registros históricos que esta dissertação analisou as dinâmicas estatais e privadas de construção da ferrovia. Verificou-se o papel do Estado na lógica produtiva de desoneração do capital e estudouse trajetórias de engenheiros e analisou-se um plexo de trabalhadores de condições variadas no intervalo aberto que se desenhara entre o trabalho não livre e o tecnicamente livre, compondo-se uma amostra da história do trabalho e dos seus padrões de exploração.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Departamento de História} }