@MASTERSTHESIS{ 2012:1216822369, title = {Estudo clínico-patológico de bovinos intoxicados experimentalmente por Solanum paniculatum}, year = {2012}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6287", abstract = "Doenças do depósito lisossomal (DDL) causam distúrbios neurológicos em humanos e animais, sendo classificadas como genéticas ou adquiridas. As adquiridas resultam da ingestão de plantas que contêm inibidores específicos de enzimas catabólicas lisossômicas que causam acumulo neuronal de substratos metabólicos. Dentre essas plantas, no Brasil a neurolipidose mais conhecida são as causadas por algumas espécies de Solanum, responsáveis por intoxicações em ruminantes caracterizadas clinicamente por desordens cerebelares. Elas são conhecidas comumente por “Jurubebas” e são muito usadas na culinária e medicina popular, sendo a espécie Solanum paniculatum a predominante no Nordeste e a considerada a verdadeira jurubeba. De 2005 a 2008 surtos de intoxicação em bovinos ocorreram em propriedades localizadas no Agreste do estado de Pernambuco, onde os animais permaneciam em pastos invadidos por esta espécie. No Sul do Brasil, a espécie mais conhecida causando intoxicação em bovinos com quadros neurológicos é a S. fastigiatum var. fastigiatum. Diversas espécies de Solanum causam doenças semelhantes em outros países: S. kwebense na África do Sul, S. dimidiatum nos Estados Unidos e S. bonariense no Uruguai em bovinos e S. viarum, S. cinereum causam intoxicação semelhante em caprinos na Austrália e nos Estados Unidos, respectivamente. Essa intoxicação em ruminantes é considerada de baixa morbidade e mortalidade e caracteriza-se por sinais clínicos restritos ao sistema nervoso central, com crises convulsivas ou epileptiformes periódicas e transitórias, principalmente, quando os animais são excitados, apresentando tremores de intenção, opistótono, nistagmo e perda do equilíbrio. Esses ataques podem ser induzidos pelo Head Raising Test. Na necropsia não são encontradas lesões macroscópicas específicas da intoxicação, mas podem ser observadas lesões associadas aos traumatismos provenientes das quedas. Já as lesões histológicas estão localizadas principalmente no cerebelo, caracterizadas por degeneração, com vacuolização difusa fina do pericário e perda dos grânulos de Nissl das células de Purkinje e áreas multifocais de perda ou desaparecimento dessas células. O diagnóstico da intoxicação é baseado nos sinais clínicos observados, nos dados epidemiológicos, na presença da planta, podendo ser confirmado pelas lesões histológicas características. Não se conhece tratamento e as medidas profiláticas das intoxicações por jurubeba são difíceis. Por ser S. paniculatum a espécie predominante na região Nordeste e a responsável pelos surtos de intoxicação espontânea descrita no Estado de Pernambuco, é de fundamental importância realizar um estudo experimental da S. paniculatum em bovinos desenvolvendo o quadro clínico-patológico para descrever a localização das lesões no SNC, avaliar as alterações no líquido céfalo-raquidiano e realizar a morfometria da lesão cerebelar.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sanidade e Reprodução de Ruminantes}, note = {Unidade Acadêmica de Garanhuns} }