@MASTERSTHESIS{ 2008:188750284, title = {Um só corpo, uma só carne : casamento, cotidiano e mestiçagem no Recife colonial 1790 - 1800}, year = {2008}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6184", abstract = "A presente pesquisa tem por objetivo historicizar como o sacramento matrimonial esteve presente na sociedade do Recife no final do século XVIII, buscando entender a sua associação com as práticas cotidianas. Do mesmo modo, vamos analisar como a população da freguesia estava inserida socialmente no espaço eclesiástico, aceitando normas da Igreja e adaptando-as de acordo com suas necessidades mais imediatas. Dentro deste contexto, inserem-se as Ordenações Filipinas e as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia, códigos que regiam as esferas civis e eclesiásticas do período colonial. A partir destas normas, buscamos observar a sua aplicação no cotidiano do Recife entre os anos de 1790 – 1800. Algo que nos proporciona entender questões como: as idades dos nubentes, os costumes acerca dos horários, dias e meses do ano nos quais aconteciam as celebrações. Além disso, os registros de casamento respondem questionamentos feitos acerca da inserção social que o ato de casar poderia proporcionar aos homens e mulheres dos Setecentos. Identificamos uma permanência dos nubentes dentro de seu grupo de origem, confirmando os dados já encontrados para outras localidades, de que ao menos na união legitimada pela Igreja, poucos foram os casais mistos, existindo uma obediência ao “principio de igualdade”, aconselhado pelos manuais de casamento da época e pelos costumes da sociedade. Por fim, a documentação matrimonial torna-se fundamental para entender como estava distribuída a população da freguesia de Santo Antônio do Recife. Esse processo de construção social é percebido quando associamos os casamentos aos dados dos levantamentos populacionais, possibilitando encontrarmos uma sociedade mestiça, que convivia no Recife colonial, e que teve no casamento um espaço, um ponto onde as pessoas poderiam conseguir inserção na sociedade, a partir da formação dos laços familiares e de solidariedade. Puxando os fios que entrelaçavam o cotidiano e as histórias de pessoas comuns, que viviam numa sociedade católica e, percebemos que encontraram no matrimônio um lugar que proporcionava vantagens que só os casados usufruíam. Ao descortinarmos uma realidade que não podemos observar, nossa pesquisa preenche lacunas existentes na história do Recife no século XVIII, contribuindo de forma relevante para os estudos acerca da família e das relações sociais.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Departamento de História} }