@PHDTHESIS{ 2010:727253758, title = {Estudo epidemiológico das infecções bacterianas em tilápias Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758), cultivadas em Pernambuco}, year = {2010}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5629", abstract = "No Brasil, estima-se que a produção anual de tilápias supere 100 mil toneladas, principalmente devido ao potencial produtivo da região Nordeste que em 2004 respondeu por 41 % da produção total de 70.000 toneladas, gerando renda de US$ 200.000.000,00, decorrente de suas condições climáticas, disponibilidade de tecnologia e mercado de consumo, regional e nacional em expansão. A intensificação de cultivos tem como conseqüência o aumento de matéria orgânica, que favorece a multiplicação de microrganismos, possibilitando o surto de doenças na ocorrência de situações adversas aos peixes. Tilápias (Oerochromis niloticus) de cultivos do estado de Pernambuco foram avaliadas com objetivo de determinar a freqüência de doenças bacterianas. Para tanto, analisaram-se amostras de diversas fazendas, nos diversos aspectos, com relevância para os agentes bacterianos. As tilápias foram examinadas quanto à presença de estreptococos, víbrios, coliformes, pseudomonas e aeromonas. Foram realizados exames clínicos e necropsias, para análise microscópica das lesões e melhor definição do provável agente etiológico. As análises foram realizadas no Laboratório de Sanidade de Animais Aquáticos (LASAq) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e no Centro de Desenvolvimento e Difusão de Tecnologia em Aqüicultura da Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Os principais agentes patológicos foram víbrios e aeromonas, que são patógenos oportunistas responsáveis por perdas significantes, sendo identificadas as seguintes espécies em 46 isolados: Vibrio natriegens (1/46), V. metschnikovii (2/46), V. halioticoli (1/46), V. fischeri (2/46), V. mimicus (23/46), V. diabolicus (1/46), V. furnissi (1/46), V. cholerae O1 (1/46), V. scophthalmi (4/46), V. proteolyticus (3/46), V. argarivorans (1/46), V. ordalii (2/46) e Vibrio spp.(3/46). Os vibrios isolados apresentaram maior sensibilidade aos antimicrobianos enrofloxacina (100%) e florfenicol (98,18%) e em ordem decrescente, gentamicina (90,91%), cotrimoxazol (sulfametoxazol+trimetroprima) (76,36%), tetraciclina (67,27%), eritromicina (30,91%) e amoxilina (3,64%). Os isolados testados apresentaram-se 100% resistentes a penicilina. Neste estudo, 96,4% (53/55) dos víbrios apresentaram índice múltipla resistência a antibióticos (MAR), superior a 0,22, caracterizando múltipla resistência. Em 35 isolados as aeromonas identificadas foram: Aeromonas caviae (1/35), A. shubertii (11/35), A. media (4/35), A. popoffii (1/35), A. sobria (3/35), A. encheleia (4/35), A. veronii (4/35) e A. jandaei (4/35). Foram testados 40 isolados de aeromonas quanto à sensibilidade a oito antimicrobianos, tendo mostrado maior sensibilidade a florfenicol (100,0%), enrofloxacina(95,0%), gentamicina (95,0%), cotrimoxazol (sulfametoxazol+trimetroprima) (67,5%), tetraciclina (65,0%). Houve menor sensibilidade a eritromicina (20,0%), penicilina (5,0%) e a amoxilina (2,5%), confirmando a existência de resistência. O índice MAR para os isolados de aeromonas variou de 0,12 a 0,62, dos quais 95% (38/40) apresentaram índices superiores a 0,22, caracterizando multiresistência. A maioria das espécies de víbrios isoladas não é considerada patogênica para os peixes (ambientais), mas ainda assim podem representar risco para a saúde das tilápias por questão de oportunismo e do consumidor, principalmente se consumido cru. As aeromonas móveis isoladas e identificadas neste estudo são comumente consideradas como ambientais, porém muitos dos peixes analisados apresentaram sintomatologia compatível com a enfermidade causada por estes agentes oportunistas.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária}, note = {Departamento de Medicina Veterinária} }