@MASTERSTHESIS{ 2014:1581591561, title = {Micromorfologia de pétalas e sua relação com a polinização}, year = {2014}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5452", abstract = "As pétalas de muitas espécies de Angiospermas têm como principal função a atração de polinizadores, nelas ocorrem sinais visuais, táteis e olfativos, que na maioria das vezes estão associados à anatomia deste órgão, que influencia no sucesso reprodutivo das plantas. Uma das principais microestruturas envolvidas na função atrativa é a presença de células epidérmicas cônicas na superfície adaxial das pétalas. Essas células desempenham funções relacionadas à absorção e reflexão da luz, intensificando a cor percebida, além de estarem recoberta por cutícula, que influencia no brilho. Também podem facilitar à aderência e locomoção do polinizador sobre a pétala. Em muitos casos produzem substâncias odoríferas, que atraem polinizadores. Outra característica micromorfológica de pétalas com função atrativa está relacionada ao mesofilo, que de acordo com a disposição de suas células podem aumentar a reflexão dos raios solares, e ainda podem acumular substâncias odoríferas. Estas características das pétalas podem variar de acordo com os grupos de polinizadores. Considerando que a micromorfologia de pétalas pode variar e influenciar nas interações com os polinizadores temos o objetivo relacionar as características micromofológicas de pétalas com a síndrome de polinização, usando como modelo espécies polinizadas por abelhas, aves e morcegos. Para isso foram investigadas pétalas de 11 espécies distribuídas em três síndromes de polinização, melitofilia, ornitofilia e quiropterofilia, com relação a vários parâmetros; estes parâmetros foram analisados através de imagens de microscopia ótica e eletrônica de varredura. Os caracteres qualitativos foram descritos com base na literatura e os caracteres quantitativos foram comparados em Anova, teste Tukey, com alfa a 5%, e a variação dos caracteres anatômicos quantitativos foi avaliada por meio da análise de componentes principais (PCA), e a similaridade dos caracteres foi verificada por meio da análise de agrupamento (Cluster). Todas as espécies melitófilas e ornitófilas apresentaram células cônicas na superfície adaxial da epiderme, com exceção da pétala estandarte de Periandra coccinea, com células planas, assim como todas as espécies quiropterófilas. Todas as espécies analisadas apresentam estriações epicuticulares. O mesofilo das espécies melitófilas e ornitófilas foram constituídos de células braciformes e muitos espaços intercelulares. Cassia grandis (melitófila) apresentou fibras pericíclicas esclerificadas na bainha do feixe da nervura principal. A espécie quiropterófila Pachira aquatica apresentou um mesofilo espessado, e foi observado cavidades secretoras nesta região da pétala. Na análise de agrupamento as espécies quiropterófilas se separam das espécies melitófilas e ornitófilas, o PCA mostrou que a variável com maior importância no agrupamento é a distância entre os ápices. Podemos concluir que os caracteres micromorfológicos analisados não definiram as síndromes de polinização. A biometria mostrou a aproximação entre espécies melitófilas e ornitófilas; que a distância entre os ápices em células cônicas foi o caractere de maior importância no agrupamento das espécies e este é um parâmetro mediador na interação com o polinizador; e que o desenvolvimento de fibras pericíclicas esclerificadas na bainha do feixe da nervura principal de pétalas indicou uma resposta de resistência mecânica à vibração.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ecologia}, note = {Departamento de Biologia} }