@PHDTHESIS{ 2016:1006860646, title = {Desempenho de fontes alternativas de biomassa cultivadas em solos da Chapada do Araripe/PE : nutrição mineral, atributos energéticos e emissão de CO2}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4870", abstract = "O Pólo Gesseiro do Araripe é responsável por cerca de 97% da produção nacional de gesso e tem a lenha oriunda do bioma Caatinga como o principal componente da matriz energética dessa cadeia produtiva, causando um impacto severo na vegetação nativa. Como as áreas de manejo florestal da região são insignificantes em relação à demanda, se faz necessária a introdução de fontes alternativas de biomassa vegetal para geração de energia, como as gramíneas cana-de-açúcar e capim elefante. No entanto, para que essas culturas alcancem elevadas produtividades é necessário o desenvolvimento de estudos sobre solos mais adequados, nutrição, indicadores energéticos e o impacto delas no ambiente semi-árido, predominantemente ocupado pela vegetação nativa da Caatinga. Desta forma, neste trabalho se objetivou avaliar o potencial do gesso mineral do Araripe e como ele pode influenciar mudanças nas características químicas do solo em função de sua aplicação; avaliar o estado nutricional, conteúdo, eficiência do uso de nutrientes e indicadores energéticos de cana-de-açúcar e capim elefante cultivadas na presença e ausência de gesso mineral; e por fim avaliar o efluxo de CO2 do solo e verificar a influência da umidade e temperatura do solo nesse efluxo em áreas de Caatinga preservada, nas áreas de cultivo das gramíneas exóticas na região e de florestas de eucalipto na Chapada do Araripe, em Pernambuco. O experimento foi conduzido na Estação Experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) em Araripina, em um Latossolo Amarelo. Foram utilizadas três variedades de cana-de-açúcar: duas de origem cubana (C90-176 e C90-178), denominadas canas energéticas; uma melhorada pelo Programa de Melhoramento Genético da RIDESA (RB 962962), além de duas variedades de capim elefante (Cameroon e Venezuela) na presença e ausência de gesso mineral. Aos 320 dias após a aplicação de gesso, amostras de solo foram coletadas separadamente nas profundidades 0,0-0,2; 0,2-0,4, e 0,4-0,6 m. Nas amostras procedeu-se a determinação do pH (H2O), Ca2+, Mg2+, K+, Al3+, e SO42-. Aos 120 e 180 dias após o plantio (DAP) realizou-se coleta da folha +3 para avaliação do estado nutricional das gramíneas. Aos 320 DAP foi realizado o corte das gramíneas e a parte aérea foi separada nos compartimentos folha e colmo. Nos compartimentos foram avaliados os teores dos nutrientes, quantidade extraída e eficiência de utilização biológica desses nutrientes. Os indicadores energéticos como, teor de fibras, lignina e o poder calorífico superior (PCS) foram avaliados em quatro diferentes períodos: aos três meses, seis meses, nove meses e meio e dez meses e meio de crescimento das plantas. Para avaliar o efluxo de CO2 do solo em áreas de Caatinga preservada, cultivo de gramíneas e florestas de eucalipto foram realizadas cinco avaliações, duas no período de seca e três no período chuvoso. A aplicação de gesso mineral não elevou os teores de Ca2+ do solo em subsuperfície, porém incrementou os teores de sulfato até 0,6 m de profundidade e reduziu a saturação por Al. Os teores de Mg2+ e K+ não alteraram com a aplicação de gesso. Houve diferença nos teores de Ca2+ e Mg2+ no solo cultivado sob os diferentes tipos de gramíneas. O conteúdo de K, Ca e Mg na parte aérea foi influenciado pelo uso do gesso, independente do tipo de gramínea cultivada. Com exceção da variedade de cana-de-açúcar RB962962 as gramíneas extraíram mais S quando o gesso foi aplicado. A eficiência de utilização biológica de N, P, K, Ca e Mg das gramíneas não sofreu influência da aplicação de gesso. As variedades de cana-de-açúcar cubanas C90-176 e C90-178 e a variedade de capim elefante Cameroon apresentaram menor eficiência de utilização biológica de S quando o gesso foi aplicado. Houve pouca variação nos indicadores energéticos no colmo e na folha das diferentes gramíneas nos períodos avaliados. O incremento dos teores de lignina no colmo do capim elefante Cameron sugere que o corte dessa gramínea para uso energético não deve ocorrer antes dos 200 após o plantio. A aplicação de gesso aumentou a produção de matéria seca com incrementos de até 9 Mg ha-1 na variedade de capim elefante Venezuela. A média geral do efluxo de CO2 do solo foi de 2,07; 2,73 e 1,67 μmol m-2 s-1, para as áreas de Caatinga, gramíneas e eucalipto, respectivamente. As áreas tiveram o mesmo comportamento para o efluxo de CO2. Nos períodos de seca houve menores emissões e nos períodos de chuva maiores. Houve correlação entre o efluxo de CO2 do solo com a temperatura e a umidade do solo.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo}, note = {Departamento de Agronomia} }