@MASTERSTHESIS{ 2014:1009276723, title = {Existe influência da borda sobre a polinização e o sucesso reprodutivo de espécies lenhosas da Caatinga?}, year = {2014}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4848", abstract = "Embora as florestas neotropicais estejam entre as mais ricas do planeta, a perda de habitats pela fragmentação desses ecossistemas cresce continuamente. Uma das conseqüências da fragmentação é a formação de bordas, que pode levar a alterações da composição, estrutura e/ou funcionalidade dos ecossistemas, inclusive nas interações planta-animal, sendo este processo denominado de “efeito de borda”. Estudos sobre fragmentação e efeito de borda vem sendo desenvolvidos principalmente em florestas temperadas e úmidas, sendo menos freqüentes em regiões áridas, como a caatinga. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito da formação de bordas sobre a polinização e o sucesso reprodutivo de espécies vegetais lenhosas da caatinga. Para isso foram caracterizadas e comparadas, entre áreas de borda e de núcleo, as freqüências de síndromes de polinização de todas as espécies lenhosas encontradas em flor, bem como o sucesso reprodutivo, a frequência de polinização e o comportamento de polinizadores em uma espécie vegetal lenhosa, localizada na borda e no interior. Em geral foi observada diferença na probabilidade de ocorrência dos diversos atributos florais (cor, tamanho, tipo floral, unidade de polinização) e das síndromes de polinização: as áreas de borda são compostas por sistemas de polinização mais generalistas, com cores claras e tipos florais pouco especializados e, à medida que a distância aumenta, esses atributos tendem a ocorrer em menor quantidade. Em contrapartida, sistemas mais especializados tendem a aumentar sua probabilidade de ocorrência à medida em que a distância da borda aumenta, assim como também mudam os atributos florais. Para Ruellia asperula L., apesar da freqüência de visitas e no número de flores visitadas terem sido maiores na borda (p<0,01), a produção natural de frutos (X2=25,137; g.l.=1; p<0,01), a formação de frutos através da polinização cruzada e no número de pistilos com grãos de pólen no estigma (χ2 = 10,46; g.l. = 1; p<0,01) foram menores neste ambiente quando comparado com o interior. Também foram observados maiores peso, tamanho e largura de fruto no interior em comparação com a borda (p<0,005). Não foram observadas diferenças significativas na taxa de limitação polínica entre os dois ambientes (p>0,01). O efeito de borda está interferindo nos sistemas de polinização, através da alteração na composição de algumas espécies, favorecendo populações com sistemas de polinização mais generalistas, as quais poderiam ser polinizadas por muitos vetores específicos de pólen. Isto influencia negativamente a freqüência de visitas e sucesso reprodutivo de espécies localizadas na borda do fragmento, refletindo na quantidade de pólen depositado no estigma e na quantidade e dimensão de frutos produzidos.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }