@PHDTHESIS{ 2010:211435329, title = {Ecologia da comunidade de algas planctônicas em reservatórios de Pernambuco (Nordeste, Brasil)}, year = {2010}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4796", abstract = "Este trabalho objetivou estudar a riqueza, diversidade e biomassa da comunidade fitoplanctônica, relacionando o comportamento das espécies e associações algais com as variações sazonais e espaciais apresentadas pelos fatores abióticos, em cinco reservatórios (Duas Unas, Tapacurá, Jucazinho, Arcoverde e Pedra) do estado de Pernambuco, Nordeste, Brasil. As amostragens em cada reservatório foram feitas em intervalos de três meses no período de um ano em duas profundidades (0,1m e próximo ao sedimento), entre março de 2007 e agosto de 2008, sendo realizadas cinco coletas em cada reservatório. As amostras de fitoplâncton foram coletadas com rede de plâncton e garrafa de Van Dorn e preservadas em lugol acético. Foram analisadas a riqueza, diversidade e biomassa fitoplanctônica através da identificação e quantificação das amostras em microscópio. As variáveis abióticas obtidas em campo e no laboratório foram temperatura da água, oxigênio dissolvido, pH, turbidez, transparência da água, nitrogênio total, fósforo total, fósforo total dissolvido e ortofosfato. O maior número de táxons foi registrado durante o período chuvoso (103 spp.), no entanto, os reservatórios localizados na Zona da Mata (82 spp.), apresentaram uma diversidade algal menor que os localizados no Agreste (94 spp.). Os valores de biomassa foram mais elevados no Agreste (18,6 mm3.L-1) que na Zona da Mata (3,6 mm3.L-1), sendo a diferença mais clara durante o período de estiagem. A precipitação foi o principal fator controlador do fitoplâncton nos ecossistemas no Nordeste do Brasil, apresentando relação inversa no comportamento da riqueza e biomassa fitoplanctônica. No entanto, a sazonalidade não contribuiu diretamente na dinâmica do fitoplâncton em reservatórios profundos e isto interferiu no comportamento das associações algais. Com isso, as variações na disponibilidade de luz foram determinantes na mudança de estrutura fitoplanctônica nos reservatórios estudados. Houve predomínio de cianobactérias nos reservatórios de Tapacurá, Jucazinho, Arcoverde e Pedra durante todo o ano. Em Duas Unas foi verificado as menores biomassas fitoplanctônicas (1,5 mm3.L-1), sendo observada mistura térmica durante todo o período amostral, o que favoreceu o estabelecimento de associações de diatomáceas, como Aulacoseira granulata (Ehrenberg) Simonsen, Cyclotellameneghiniana Kützing, Melosira varians C. Agardh e Urosolenia eriensis (H.L. Smith) F.E. Round. A limitação de luz no epilímnio verificada no reservatório de Tapacurá esteve relacionada ao predomínio de cianobactérias cocoides, como Microcystis aeruginosa (Kützing) Kützing, durante todo o ano. Florações de M. aeruginosa (71,8 mm3.L-1) foram registradas no reservatório de Jucazinho durante o período de redução da disponibilidade de luz no epilímnio associada ao aumento dos teores de fósforo. Na maioria dos meses estudados neste ecossistema, a estrutura fitoplanctônica foi formada de cianobactérias filamentosas (< 8,0 mm3.L-1) e diatomáceas cêntricas (< 2,0 mm3.L-1). Nos reservatórios de Arcoverde e Pedra ocorreram florações de Cylindrospermopsis raciboskii (Woloszynska) Seenaya e Subba Raju (> 30,0 mm3.L-1) durante o período de estratificação térmica. A mistura térmica nestes dois ecossistemas foi caracterizada pela redução da biomassa (< 17 mm3.L-1) e o estabelecimento das cianobactérias Planktothrix agardhii (Gomont) Anagnostidis e Komárek, Geitlerinema amphibium (C. Agardh) Anagnostidis, M. aeruginosa e Merismopedia tenuissima Lemmermann, das diatomáceas Aulacoseira granulata (Ehrenberg) Simonsen e Cyclotella meneghiniana Kützing, das euglenófitas Phacus longicauda (Ehrenberg) Dujardin e Trachelomonas volvocina Ehrenberg, e do dinoflagelado Peridinium sp. Fatores como misturatérmica e competição entre as algas dificultaram o estabelecimento de floração em todos os ecossistemas estudados e condicionaram as maiores diversidades algais registradas nos ecossistemas rasos em comparação com os de maior profundidade. Em geral, o padrão térmico e a variação na disponibilidade de luz foram os principais atributos relacionados à mudança na estrutura das algas planctônicas nos ecossistemas estudados.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }