@MASTERSTHESIS{ 2006:1425980458, title = {Fisionomia e estrutura da restinga da RPPN Nossa Senhora do Outeiro de Maracaípe, Ipojuca, Pernambuco}, year = {2006}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4774", abstract = "A restinga é considerada como um conjunto de comunidades vegetais fisionomicamente distintas, sob influência marinha e flúvio-marinha, distribuídas em mosaico. Apresenta vegetação desde os tipos herbáceos-praianos até os arbustivos e arbóreos. O objetivo desse estudo foi caracterizar a fisionomia e a estrutura da vegetação da restinga da RPPN, Nossa Senhora do Outeiro de Maracaípe, Ipojuca, Pernambuco. Para observar a interferência dos nutrientes do solo ou da variação do lençol freático na disposição das espécies. A restinga localiza-se sob as coordenadas 08031 48 S e 35001 05 W e ocupa uma área de 130ha, sendo 76,2ha de vegetação de restinga. Possui clima do tipo As' e o solo foi classificado como Neossolo Quartzarênico e pH ácido. As coletas para a o levantamento florístico ocorreram no período de julho de 2003 a julho de 2005 e foram consideradas todas as formas de vida. Para delimitação de ocorrência das espécies da restinga utilizaram-se outros estudos do Nordeste. A amostragem fitossociológica foi realizada entre janeiro e março de 2005, através do método de pontos quadrantes. Foram instalados 10 transectos contemplando toda fisionomia, num total de 100 pontos, com o critério de inclusão de DAS>3. Foram analisados todos os parâmetros fitossociológicos, além da altura e diâmetro. Foram coletadas amostras do solo a uma profundidade de 20 cm, para analise química.Também foi realizada uma CCA para co-relacionar os nutrientes do solo com o arranjo das espécies na floresta fechada não inundável. No estudo florístico e fisionômico foram inventariadas 187 espécies, 144 gêneros, distribuídas em 70 famílias. Entre as famílias mais representativas destacam-se Poaceae (13spp), Cyperaceae (12), Myrtaceae (10), Orchidaceae (9), Rubiaceae (8), Bromeliaceae e Fabaceae (7), Mimosaceae e Caesalpiniaceae (6), Euphorbiaceae (5), Annonaceae e Chrysobalanaceae (4). Foram determinadas as fisionomias: floresta não inundável, campo não inundável e campo inundável. Essas fisionomias apresentaram espécies exclusivas, como Pycreus pelophylus, Ludwigia suffruticosa, Utricularia pusilla e Hydrolea spinosa que só foram observadas no campo inundável. As espécies Buchenavia capitata, Tapirira guianensis, Manilkara salmannii e Sloanea guianensis se destacaram como emergentes na floresta fechada não inundável. A analise estrutural resultou em 51 espécies, 36 gêneros e 31 famílias. As espécies mais freqüentes foram Myrcia bergiana, Sacoglottis mattogrossensis, Coccoloba laevis, Chamaecrista ensiformis e Guettarda platypoda. As espécies com maiores VI foram Manilkara salzmannii, Myrcia bergiana, Chamaecrista ensiformis, Sacoglotis mattogrossensis e Coccoloba laevis. A densidade total estimada foi de 614,89 indivíduos/ha. e o índice de diversidade de Shannon (H ) foi 3,508nat/ ind. e a equabilidade (J ) 0,892. A área refletiu uma alta diversidade e uma distribuição homogênea dos indivíduos, apontando uma regularidade das espécies. Dessa forma pode-se concluir que as formas de vida foram determinantes para a separação dos tipos fisionômicos da restinga, além dos nutrientes do solo e a variação do lençol freático também estar contribuindo para colonização das espécies em determinada fisionomia. Contudo, apenas os nutrientes do solo apresentaram indicativos quanto a disposição das espécies na área, e os dados do lençol freático não foram suficientes para inferir sobre a influência deste na disposição das espécies na fisionomia.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }