@MASTERSTHESIS{ 2010:1912613053, title = {Variação espacial na dinâmica do banco de sementes em uma área de caatinga em Pernambuco durante três anos consecutivos}, year = {2010}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4755", abstract = "A heterogeneidade espaço-temporal que ocorre nas florestas tropicais secas, altera a taxa de emergência de plântulas e a riqueza de espécies dos habitats por influenciar a densidade do banco de sementes do solo. Deste modo, considerando a importância de se entender como estas variações espaço-temporal vão influenciar a dinâmica do banco de sementes de uma área de caatinga, este estudo objetiva responder as seguintes perguntas: 1. A riqueza de espécies e a densidade de sementes no banco do solo diferem em relação ao tipo de microhabitat e os totais de precipitação de cada ano? 2. Existe interação entre os totais de precipitação anuais e os tipos de microhabitats na determinação da riqueza de espécies e densidade de sementes do banco do solo? O estudo foi realizado em um fragmento de caatinga, em Caruaru, PE. Na área de estudo, três tipos de microhabitats são facilmente visualizados, o ciliar corresponde à faixa de terreno com inclinação suave às margens do riacho Olaria, sem considerar a parte do leito onde corre água do riacho na época de maior precipitação; o microhabitat plano corresponde aos terrenos razoavelmente planos, sem maiores elevações e que distam até 150 m das margens do leito do Riacho; o rochoso corresponde aos locais com pequenos afloramentos rochosos, com área variando de 2 a 5 m2 e altura 0,1 a 1 m, que ocorrem como manchas distintas dispersas no microhabitat plano. No interior da área estudada existem aleatoriamente alocadas 105 parcelas de 1x1 m para o estudo da vegetação herbácea, sendo 35 em cada microhabitat. O solo foi coletado no entorno das parcelas de 1x1 m (35 amostras em cada microhabitat), a 5 cm de profundidade e considerando a serrapilheira. Estas coletas foram realizadas nos finais das estações chuvosas e secas, durante três anos consecutivos (2006, 2007 e 2008), totalizando 630 amostras. Diferenças nos dados logaritmizados de riqueza de espécies e de emergência de plântulas do banco do solo entre anos e microhabitats foram avaliadas através de uma Anova-two way, a 5% de probabilidade com teste a posteriori de Tukey. Durante os três anos de estudos, um total de 79 espécies emergiu do banco do solo, sendo 63 espécies no microhabitat ciliar, 43 no plano e 42 no rochoso. Houve diferença significativa tanto na riqueza média de espécies bem como na emergência média de plântulas entre microhabitats e entre anos de monitoramento, com interação significativa entre os mesmos. A influência do microhabitat e da precipitação anual sobre a riqueza de espécies e a densidade de sementes do banco do solo não foi à mesma, ou pelo menos não atuou na mesma intensidade, pois enquanto a precipitação explicou 48% da riqueza de espécies do banco do solo, microhabitat explicou apenas 7%. Já em relação à densidade de sementes, o inverso foi registrado, pois enquanto microhabitat explicou 31% da emergência de plântulas, precipitação explicou apenas 5%. Por fim, os resultados deste estudo mostram que para compreender bem a dinâmica do banco de sementes de ambientes semi-áridos torna-se necessário também considerar as variações induzidas pelas condições de microhabitats, as quais possibilitam ajustar melhor as predições sobre a disponibilidade de sementes no banco solo para renovação das populações e conservação destes ambientes.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }