@MASTERSTHESIS{ 2023:880113646, title = {Eu sei quem você é: fêmeas de anuros (Pristimantis ramagii) percebem e discriminam cantos de machos exóticos congêneres alopátricos}, year = {2023}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9722", abstract = "Em anfíbios anuros o reconhecimento acústico está intimamente ligado à função reprodutiva, podendo atuar como barreira pré zigótica. Nesse cenário, cantos de espécies exóticas podem interferir na interação de espécies nativas quando em situação de convergência acústica. Pesquisas indicam que fêmeas ovadas que já passaram por uma experiência acústica vivida podem atenuar as consequências prejudiciais de distrações ou repulsas a ruídos do ambiente. No entanto, embora já exista o entendimento do papel do reconhecimento sonoro na seleção sexual das fêmeas, a literatura ainda precisa abordar a relação entre a fonotaxia e a idade das fêmeas, especialmente em ambientes naturais. Diante das informações apresentadas, conduzimos um estudo de campo com o propósito de investigar se existe alguma correlação entre a idade das fêmeas de anuros e a sua resposta a estímulos criados a partir do canto de um macho nativo, de um macho exótico e de um estímulo controle. A espécie nativa utilizada foi o Prisimantis ramagii, endêmico da Mata Atlântica no nordeste do Brasil, enquanto a espécie exótica selecionada foi o Pristimantis koehleri, endêmico da Mata Amazônica da Bolívia. Esperamos que (i) fêmeas mais velhas/experientes teriam mais respostas comportamentais positivas para o macho nativo; (ii) fêmeas mais velhas/experientes teriam mais respostas comportamentais negativas ao estímulo do macho exótico. Para esta pesquisa, utilizamos 30 fêmeas sexualmente maduras e ovadas de P. ramagii, que foram identificadas individualmente, de modo que suas idades foram estimadas via comprimento rostro-cloacal (CRC). O experimento envolveu a reprodução dos diferentes estímulos sonoros, enquanto simultaneamente observamos as fêmeas. Os resultados indicaram que os diferentes tipos de estímulos impactaram na atratividade e latência de resposta à fonotaxia das fêmeas testadas, sendo o estímulo nativo o mais atrativo e com menor latência de resposta. Surpreendentemente, experiência da fêmea não influenciou a atratividade e latência de resposta em relação aos estímulos. Essas descobertas sugerem que as fêmeas de anfíbios anuros podem ter limitações no aprendizado durante o desenvolvimento de suas habilidades comportamentais de reconhecimento acústico. Isso pode ser atribuído à influência do curto período de vida do grupo, levando-as a depender mais de reconhecimento inato.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade}, note = {Departamento de Biologia} }