@MASTERSTHESIS{ 2023:2028281149, title = {Perspectivas e avanços sobre o emprego de técnicas de marcação e recaptura para fauna silvestre}, year = {2023}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9327", abstract = "As técnicas de marcação-recaptura de animais são essenciais no monitoramento e na coleta de dados ecológicos. Dadas as diversas aplicabilidades e características das técnicas desenvolvidas até hoje, alguns autores elencaram pré-requisitos a serem levados em consideração na escolha da técnica cuja aplicação preza pelo bem-estar animal e não interferência nos resultados observados. No entanto, existem críticas quanto à universalização destes pré-requisitos quando aplicados a fauna geral, uma vez que existem decisões a serem tomadas em escalas mais específicas, como fatores espécie-específicos, foco do estudo, local de estudo e ausência de testes de marcação que possam propagar técnicas alternativas a diversos táxons, o que pode interferir nas distintas formas de adesão das técnicas por pesquisadores. Diante disso, objetivamos realizar uma revisão sistemática para destrinchar os padrões associados ao uso de técnicas de marcação e recaptura (Capítulo I) para vertebrados e invertebrados. Para tal, fizemos um levantamento de artigos e analisamos a relação entre aspectos associados aos estudos e técnicas de marcação relatadas. Encontramos 312 artigos que relataram 24 técnicas gerais. Houve relações significativas entre aspectos espécie-específicos analisados, aspectos temáticos, biogeográficos, vantagens e desvantagens das técnicas e aspectos relacionados às técnicas. Verificamos que algumas vantagens e desvantagens no uso das técnicas podem se comportar de forma específica nos táxons, e o mesmo aconteceu para desvantagens. Elaboramos um guideline com considerações baseadas nas características das técnicas e em seu desempenho para cada etapa de definição de estudos futuros. Além deste capítulo, realizamos um estudo experimental para verificar a efetividade da técnica de fotoidentificação, um método para o qual no primeiro capítulo verificamos grande potencial de aplicabilidade, tendo a espécie de anuro Dendropsophus elegans como modelo (Capítulo II), no Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI), em Recife (PE, Brasil). Tínhamos como hipóteses que, em campo, o desempenho da técnica de fotoidentificação seria mais rápido e menos invasivo comparado aos elastômeros, bem como a identificação auxiliada por software superaria comparações manuais e identificação por previa marcação com elastômeros em reconhecer os indivíduos capturados. Durante oito meses, no PEDI, marcamos e recapturamos indivíduos de D. elegans por fotoidentificação das marcas naturais e por elastômeros. Em seguida, comparamos o reconhecimento dos indivíduos por fotoidentificação manual, auxiliada por software e por elastômeros. Como resultados, a precisão das técnicas foi similar, com altas taxas de correspondências corretas. O tempo para aplicação da fotoidentificação foi equivalente à metade do tempo gasto para aplicação dos elastômeros. O tempo para a identificação por fotoidentificação auxiliada por software foi o menor registrado. A diferença de ocorrência de comportamentos de defesa exibidos pelos indivíduos marcados pelas duas técnicas em campo não foi significativa, embora relatamos alguns comportamentos distintos para cada técnica. Estes resultados podem indicar que a fotoidentificação pode atuar como alternativa barata, rápida, eficiente e pouco invasiva no monitoramento populacional das espécies de anuros.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza}, note = {Departamento de Biologia} }