@MASTERSTHESIS{ 2021:383445891, title = {As figuras retóricas e a coisificação do ser humano em angústia, de Graciliano Ramos}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8638", abstract = "Considerando a figura de Graciliano Ramos, não apenas entre aqueles representantes da geração de 1930, mas também, no que diz respeito à tradição na literatura brasileira, este trabalho consiste na análise dos elementos expressivos que arquitetam a narrativa do livro Angústia. No romance, o autor aborda a trajetória do burocrata Luís da Silva (narrador-personagem-protagonista), por meio de suas memórias fragmentadas, cujo objeto principal é a reconstrução do percurso de sua vida desde a infância na fazenda, passando pela adolescência, culminando no romance com Marina, até o estilhaçamento do seu eu. A falência deste relacionamento, por sua vez, promove a ira de Luís, que descontrolado enforca o suposto responsável pela sua derrocada: Julião Tavares. Diante desse cenário, procuramos discutir como o uso de figuras retóricas (metáfora, metonímia/sinédoque) pelo autor alagoano age como elemento de representação das personagens em seus contextos sociohistóricos. Para tal, seguimos as ideias de Antonio Candido (1975; 1999; 2006), Otto Maria Carpeaux (1942; 1952; 1953; 1978) e Sônia Brayner (1978), entre outros teóricos como Michel Foucault (1966; 2006), Eric Hobsbawm (1997), Immanuel Kant (2008) e Paul Ricoeur (2000). Como resultado, percebeu-se que Graciliano Ramos, através da utilização das figuras de linguagem, apresenta seres humanos num processo de conversão em coisas, onde suas individualidades são apagadas em detrimento de um trabalho que não representa suas subjetividades, equiparando-se a automatos. A análise de figuras retóricas atua em paralelo com a apresentação crítica do Brasil no início do século XX, envolto em clima de modernidade, mas herdeiro das oligarquias, das famílias escravocratas e do capitalismo. Assim, analisou-se a ideia filosófica da coisa em si e a influência na construção do pensamento ocidental, as figuras retóricas como protagonistas na arquitetura da narrativa, os personagens vistos como pedaços, o narrador-protagonista e seu discurso no caminho da desumanização, num processo de simbiose entre seres humanos e máquinas, através da figura angustiada e fragmentada de Luís da Silva.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem}, note = {Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia} }