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Tipo do documento: Dissertação
Título: Oídio do tomateiro no Brasil: agentes causais, distribuição geográfica e fontes de resistência em Solanum (Lycopersicon)
Autor: LEITE, Stéfani dos Santos 
Primeiro orientador: BOITEUX, Leonardo Silva
Primeiro coorientador: REIS, Ailton
Primeiro membro da banca: PINHEIRO, Jadir Borges
Segundo membro da banca: MACHADO, Alexandre Reis
Resumo: Os oídios ou míldios pulverulentos são importantes doenças de plantas induzidas por fungos biotróficos altamente evoluídos (Ascomycota: Erysiphales). Os oídios podem causar severas perdas de produtividade na cultura do tomateiro (Solanum lycopersicum L.), sendo facilmente reconhecidos pelas colônias brancas presentes em todas as partes aéreas das plantas, exceto nos frutos. Os oídios são amplamente distribuídos, induzindo danos mais severos em cultivos protegidos e em áreas irrigadas por gotejamento. A nível mundial, um complexo de três patógenos tem sido associado aos oídios do tomateiro e outras Solanaceae: Erysiphe neolycopersici, Golovinomyces lycopersici (ambos induzindo oídio adaxial) e Leveillula taurica (causando oidio abaxial). Embora fungicidas possam ser utilizados, o uso de cultivares resistentes é a estratégia mais eficiente e sustentável para o controle desses patógenos. Esta dissertação teve como objetivo identificar e caracterizar morfológica e molecularmente isolados de patógenos indutores de oídio do tomateiro no Brasil e avaliar a reação de acessos do gênero Solanum (secção Lycopersicon) a isolados classificados como E. neolycopersici. No Capítulo II, 73 isolados foram obtidos de plantas de tomateiro com sintomas/sinais de oidio, de diferentes áreas de produção em quatro regiões geográficas do Brasil. Destes, 14 foram selecionados para caracterização molecular via sequenciamento de DNA de amplicons da região ITS-5.8S rDNA obtidos com um par de primers (PMITS1/PMITS2) específicos para identificação de Erysiphales. A combinação de análises morfológicas e moleculares confirmou a predominância de isolados de E. neolycopersici causadores do oidio adaxial no Brasil. Os levantamentos indicaram o jiló (S. aethiopicum var. gilo), batata (S. tuberosum) e Nicandra physaloides como hospedeiros naturais de isolados de E. neolycopersici. Solanum acanthodes foi relatado pela primeira vez como hospedeiro experimental desse patógeno. No Capítulo III, avaliou-se a reação de 174 acessos e oito híbridos interespecíficos experimentais do gênero Solanum (Lycopersicon) a isolados de E. neolycopersici. Altos níveis de resistência foram detectados em um número restrito de acessos de espécies silvestres. A maioria dos acessos de S. habrochaites apresentou resposta do tipo imunidade ao patógeno. Solanum chilense ‘CNPH 0410’ e S. peruvianum ‘CNPH 0201’ também foram imunes, correspondendo ao primeiro registro desses acessos como novas fontes de resistência a esse fungo. Solanum pennellii ‘CNPH 0409’ mostrou-se altamente resistente a isolados de E. neolycopersici. O acesso S. arcanum ‘LA-2172’ (fonte original do gene Ol-4) apresentou significativa recuperação dos sintomas e se comportou como resistente. Plantas de híbridos experimentais interespecíficos envolvendo acessos de S. lycopersicum suscetíveis e acessos de S. habrochaites resistentes não apresentaram sintomas, indicando a presença de fatores de resistência dominantes nesses acessos silvestres. No Capítulo IV, oito isolados de L. taurica (três de tomateiro, três de Capsicum e dois de jiló) foram obtidos de áreas de cultivo nas regiões nordeste e centro-oeste do Brasil. Todas as plantas apresentaram sinais e sintomas abaxiais característicos do patógeno. Os isolados foram caracterizados morfológica e molecularmente por meio do sequenciamento de segmentos da região ITS-5.8S rDNA utilizando o par de iniciadores PMITS1/PMITS2. As estruturas fúngicas observadas e a caracterização molecular dos oito isolados corresponderam àquelas descritas na literatura como L. taurica. Em conclusão, os resultados obtidos no presente trabalho indicam que as espécies E. neolycopersici (causando oídio adaxial) e L. taurica (causando oídio abaxial) estão amplamente distribuídas na cultura do tomateiro no Brasil. Acessos de germoplasma identificados e caracterizados com altos níveis de resistência a isolados de E. neolycopersici podem ser empregados em programas de melhoramento de tomateiro visando o desenvolvimento de cultivares mais adaptadas às regiões tropicais e subtropicais do Brasil.
Abstract: Powdery mildews (PMs) are important plant diseases induced by highly evolved, biotrophic fungi (Ascomycota: Erysiphales). PMs can cause severe yield losses in tomato (Solanum lycopersicum L.) crops, being easily recognized by the white colonies on the aerial plant parts, except fruits. PMs are widely distributed, inducing severe damages to protected crops and in drip-irrigated areas. A complex of three pathogens has been associated with the PMs on tomato and other Solanaceae worldwide: Erysiphe neolycopersici, Golovinomyces lycopersici (both inducing adaxial PM) and Leveillula taurica (abaxial PM). Although fungicides can be used, the use of resistant cultivars is the most efficient and sustainable strategy to control these pathogens. This dissertation aimed to identify and characterize morphologically and molecularly isolates of tomato PM-inducing pathogens in Brazil and to evaluate the reaction of accessions of the genus Solanum (section Lycopersicon) to isolates classified as E. neolycopersici. In Chapter II, 73 isolates were obtained from tomato plants showing PM symptoms/signs, from different areas in four geographic regions of Brazil. Of these, 14 were selected for molecular characterization via DNA sequencing of amplicons of the ITS-5.8S rDNA region obtained with a pair of primers (PMITS1/PMITS2) specific for identification of Erysiphales. A combination of morphological and molecular analyzes confirmed the predominance of E. neolycopersici isolates causing the adaxial PM in Brazil. Nationwide surveys indicated scarlet eggplant (S. aethiopicum var. gilo), potato (S. tuberosum) and Nicandra physaloides as natural hosts of E. neolycopersici isolates. Solanum acanthodes was reported for the first time as an experimental host of this pathogen. In Chapter III, the reaction of 174 accessions and eight experimental interspecific hybrids of the genus Solanum (Lycopersicon) was evaluated to E. neolycopersici isolates. High levels of resistance were detected in a restricted number of wild species accessions. Most of the S. habrochaites accessions showed an immunity-like response to the pathogen. Solanum chilense ‘CNPH 0410’ and S. peruvianum ‘CNPH 0201’ were also immune, corresponding to the first record of these accessions as new sources of PM resistance. Solanum pennellii ‘CNPH 0409’ proved to be highly resistant to E. neolycopersici isolates. The S. arcanum accession ‘LA-2172’ (original source of the Ol-4 gene) showed a significant recovery of symptoms and behaved as resistant. Plants of interspecific experimental hybrids involving susceptible S. lycopersicum accessions and resistant S. habrochaites accessions showed no symptoms, indicating the presence of dominant resistance factors in these wild accessions. In Chapter IV, eight L. taurica isolates (three from tomato, three from Capsicum and two from scarlet eggplant) were obtained from growing areas in the northeast and central-west regions of Brazil. All plants showed characteristic abaxial symptoms and signs of the pathogen. The isolates were characterized morphologically and molecularly by sequencing segments of the ITS-5.8S rDNA region using the PMITS1/PMITS2 primer pair. The fungal structures observed and the molecular characterization of the eight isolates corresponded to those described in literature as L. taurica. In conclusion, the results obtained in the present work indicated that E. neolycopersici (inducing adaxial PM) and L. taurica (inducing abaxial PM) are widely distributed in tomato crops in Brazil. Germplasm accessions identified and characterized with high levels of resistance to E. neolycopersici isolates can be employed in tomato breeding programs aimed at developing cultivars more adapted to tropical and subtropical regions of Brazil.
Palavras-chave: Tomateiro
Solanum lycopersicum
Resistência genética
Fungos fitopatogênicos
Filogenia
Morfologia
Área(s) do CNPq: FITOSSANIDADE::FITOPATOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla da instituição: UFRPE
Departamento: Departamento de Agronomia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia
Citação: LEITE, Stéfani dos Santos. Oídio do tomateiro no Brasil: agentes causais, distribuição geográfica e fontes de resistência em Solanum (Lycopersicon). 2023. 141 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9401
Data de defesa: 3-Abr-2023
Aparece nas coleções:Mestrado em Fitopatologia

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