Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8740
Tipo do documento: Dissertação
Título: Potencial imunomodulatório da 1,3,7 trimetilxantina em modelos de infecção experimental por Listeria monocytogenes
Autor: ALMEIDA, Ingrydt de Alcântara 
Primeiro orientador: LIMA FILHO, José Vitor Moreira
Primeiro membro da banca: CÂMARA, Cláudio Augusto Gomes da
Segundo membro da banca: ALMEIDA, Anna Carolina Soares
Terceiro membro da banca: SILVA, Vânia Lúcia da
Quarto membro da banca: OLIVEIRA, Jaqueline Bianque de
Resumo: Doenças bacterianas são uma das principais causas de mortalidade no mundo e há uma grande preocupação nos serviços de saúde quando se trata de cepas resistentes aos antibióticos, necessitando que a ciência sempre investigue novas alternativas de tratamento. Estudos com a cafeína (1,3,7 trimetilxantina) mostram sua influência em processos fisiológicos, incluindo a modulação do sistema imune, apresentando um potencial anti-inflamatório. Neste estudo, a hipótese de que a cafeína seria capaz de influenciar na reposta inflamatória derivada de processos infecciosos foi avaliada utilizando-se como modelo de infecção bacteriana uma cepa virulenta de Listeria monocytogenes. Esta espécie é causadora da listeriose, uma doença transmitida através de alimentos contaminados que acomete seres humanos e animais. Foram realizados testes para determinar se a cafeína teria efeito inibitório sobre o crescimento de L. monocytogenes in vitro. Culturas de macrófagos peritoneais (pMΦ) obtidas de camundongos Swiss foram submetidas à infecção com a bactéria e tratamento com cafeína (0,05; 0,5 e 5 μg/mL), utilizando-se dois esquemas: a) tratamento com cafeína seguido de infecção; b) infecção seguida de tratamento com cafeína. A quantificação bacteriana intracelular e viabilidade dos pMΦ foi medida ao fim dos experimentos. Posteriormente, ensaios in vivo foram realizados para determinar o potencial anti-inflamatório da cafeína. Neste caso, os animais do grupo experimental foram infectados, via intraperitoneal, com L. monocytogenes (0,2 mL; 1 x 107 células/mL) e, após 30 minutos, foram tratados com a cafeína, via endovenosa, nas concentrações de 0,05; 0,5 ou 5 mg/Kg. Como controles, foram utilizados animais infectados e administrados com salina fosfatada (PBS) ou com o anti-inflamatório dexametasona (DEXA). Após 6 horas os animais foram sacrificados, a quantidade de leucócitos no fluido peritoneal e sangue determinada, sendo a bactéria quantificada em diferentes tecidos e órgãos. Um fragmento do baço foi dissecado para análise da expressão gênica das citocinas TNF-α, IL-1β, IL-6, IL-10 e da enzima Óxido Nítrico Sintase induzível (iNOS). Os resultados mostraram que a cafeína não apresenta ação antimicrobiana direta contra L. monocytogenes, mas foi capaz de aumentar a viabilidade dos macrófagos infectados, apesar de não haver maior eliminação da bactéria no interior dos pMΦ. Nos testes in vivo, a administração de cafeína produziu ação anti-inflamatória, reduzindo de forma significante o recrutamento de leucócitos para a cavidade peritoneal e a quantidade de leucócitos circulantes no sangue. Quando comparados ao grupo controle, a expressão gênica das citocinas inflamatórias IL-1β e IL-6 foi diminuída e a da citocina anti-inflamatória IL-10 foi aumentada. A expressão da enzima iNOS também foi diminuída nos grupos tratados com cafeína, quando comparados ao grupo PBS infectado. Os dados aqui apresentados apontam para o potencial da utilização de cafeína como anti-inflamatório na prevenção de processos inflamatórios graves derivados de infecções bacterianas.
Abstract: Bacterial diseases are one of the main causes of mortality in the world and there is a great concern in health services when it comes to antibiotic resistant strains, requiring science to always investigate new treatment alternatives. Studies with caffeine (1,3,7 trimethylxanthine) show its influence on physiological processes, including modulation of the immune system, presenting an anti-inflammatory potential. In this study, the hypothesis that caffeine would be able to influence the inflammatory response derived from infectious processes was evaluated using a virulent strain of Listeria monocytogenes as a bacterial infection model. This species causes listeriosis, a disease transmitted through contaminated food that affects humans and animals. Tests were carried out to determine whether caffeine would have an inhibitory effect on the growth of L. monocytogenes in vitro. Peritoneal macrophage cultures (pMΦ) obtained from Swiss mice were subjected to infection with the bacteria and treatment with caffeine (0.05, 0.5 and 5 μg/mL), using two schemes: a) treatment with caffeine followed by infection; b) infection followed by caffeine treatment. Intracellular bacterial quantification and pMΦ viability were measured at the end of the experiments. Subsequently, in vivo tests were performed to determine the anti-inflammatory potential of caffeine. In this case, the animals in the experimental group were intraperitoneally infected with L. monocytogenes (0.2 mL; 1 x 107 cells/mL) and, after 30 minutes, they were treated with caffeine, intravenously, at concentrations of 0 .05; 0.5 or 5 mg/kg. As controls, infected animals and administered with phosphate saline (PBS) or with the anti-inflammatory dexamethasone (DEXA) were used. After 6 hours the animals were sacrificed, the amount of leukocytes in the peritoneal fluid and blood determined, and the bacteria were quantified in different tissues and organs. A fragment of the spleen was dissected for analysis of gene expression of the cytokines TNF-α, IL-1β, IL-6, IL-10 and the enzyme Nitric Oxide Synthase inducible (iNOS). The results showed that caffeine does not have a direct antimicrobial action against L. monocytogenes, but it was able to increase the viability of infected macrophages, although there is no greater elimination of the bacteria inside the pMΦ. In in vivo tests, the administration of caffeine produced an anti-inflammatory action, significantly reducing the recruitment of leukocytes to the peritoneal cavity and the amount of circulating leukocytes in the blood. When compared to the control group, the gene expression of the inflammatory cytokines IL-1β and IL-6 was decreased and that of the anti-inflammatory cytokine IL-10 was increased. The expression of the iNOS enzyme was also decreased in the groups treated with caffeine, when compared to the PBS infected group. The data presented here point to the potential of using caffeine as an anti-inflammatory in preventing severe inflammatory processes derived from bacterial infections.
Palavras-chave: Listeria monocytogenes
Inflamação
Listeriose
Metilxantina
Citocina
Área(s) do CNPq: CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla da instituição: UFRPE
Departamento: Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal
Citação: ALMEIDA, Ingrydt de Alcântara. Potencial imunomodulatório da 1,3,7 trimetilxantina em modelos de infecção experimental por Listeria monocytogenes. 2021. 50 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8740
Data de defesa: 31-Mai-2021
Aparece nas coleções:Mestrado em Biociência Animal

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Ingrydt de Alcantara Almeida.pdfDocumento principal1,21 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.