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Tipo do documento: Dissertação
Título: Isolamento reprodutivo e reciprocidade em espécies simpátricas de Chamaecrista Moench. (Fabaceae)
Autor: BEZERRA, Thatiany Teixeira 
Primeiro orientador: ALMEIDA, Natan Messias de
Primeiro coorientador: CASTRO, Cibele Cardoso de
Resumo: O conhecimento das estratégias reprodutivas interespecíficas permite formular hipóteses sobre os eventos que levam à existência e manutenção das barreiras naturais. Estudos têm relatado a existência de híbridos em Chamaecrista. Objetivamos investigar as barreiras de isolamento reprodutivo entre espécies simpátricas de: C. ramosa; C. rotundifolia; C. rotundifolia var. rotundifolia; C. hispidula e C. flexuosa. O estudo foi realizado na RPPN de Nossa Senhora do Oiteiro de Maracaípe, Ipojuca-PE. No primeiro capítulo foram investigados os possíveis barreiras de isolamento reprodutivo através: 1) observação da distribuição no espaço das populações naturais (barreira espacial); 2) acompanhamento do período de floração (barreira temporal); 3) descrição dos tipos enantiostílicos (barreira morfológica) e 4) cruzamentos interespecíficos bidirecionais (barreira fisiológico); e 5) investigação de partilha de polinizadores (barreira ecológica). Todas as espécies foram consideradas sincronopátricas, pois têm em comum a sobreposição da distribuição espacial dos agrupamentos e do período de floração, entretanto com estratégias diferenciadas. Todos os cruzamentos formaram frutos, com exceção de C. flexuosa x C. rot. var. rotundifolia. O sucesso nos tratamentos de polinização mais expressivo foi de 80% para C. rotundifolia x C. rot. var. rotundifolia, em contrapartida, houve baixa formação entre C. flexuosa x C. hispidula, C. flexuosa x C. ramosa (5%) cada. Nos cruzamentos envolvendo C. flexuosa e C. ramosa foi observado o elevado aborto dos frutos (89,5-95%), por volta de 5 a 10 dias após a polinização. A germinação de sementes híbridas apresentou baixa viabilidade relacionada às espécies C. ramosa e C. hispidula (G=8-24%). As máximas porcentagens de germinação ocorrem para C. rot. var. rotundifolia x C. hispidula (G=100%) e C. hispidula x C. rot. var. rotundifolia (G=83,3%). Abelhas do gênero Florilegus sp. visitam flores do tipo Ramosa o que sugere potencial para hibrização contínua. Todos os visitantes florais foram abelhas, sendo que C. ramosa recebeu a maior diversidade de visitantes (n=8). Xylocopa carbonaria, X. cearense e Eufrisea sp. partilham flores de C. flexuosa e C. ramosa. Eufrisea sp. esteve presente em todas as espécies de Chamaecrista estudadas, com exceção apenas de C. rotundifolia. A análise dos Tipos enantiostílicos apontou três diferentes: Ramosa, Flexuosa, Amiciella. Sugerimos que, sua funcionalidade demostrou maior eficiência como barreira de isolamento, já que quando presente indicou redução no sucesso pré e pós reprodutivo. Para o segundo capítulo, investigamos a possibilidade de desvios de reciprocidade entre duas espécies na mesma área de estudo supracitada, indicando a relação do sistema reprodutivo e as variações de respostas adaptativas das populações naturais a processos de mudanças ambientais em relação ao padrão hercogâmico recíproco. Objetivamos analisar a reciprocidade intra e interespecífica em flores enantiostílicas de C. ramosa e C. rotundifolia. Através de um banco de imagens de flores das espécies, com escala em milímetros. Foram realizadas medições a partir de imagens em 10 flores abertas do dia por 10 (C. ramosa; n=100) e cinco (C. rotundifolia; n=50) dias, em três agrupamentos por espécie. Foram analisadas em um tabuleiro gradeado (letras x números) e com auxílio do software power point, foram medidos em cada flor os seguintes caracteres: altura e afastamento em relação ao centro floral do estigma e da pétala falcada, além do diâmetro floral. Verificamos que dias intercalados há produção de flores de maiores tamanhos. Para Chamaecrista ramosa a morfologia floral variou entre 20,7-24,3mm e C. rotundifolia variou de 7,7-12,6mm de comprimento. C. ramosa apresenta, maior tamanho floral e maior amplitude de captação e deposição de pólen comparado à C. rotundifolia, sendo assim, pode apresentar-se como promotor de aumento da área de deposição e captação de pólen no corpo do polinizador, aumentando a especificidade dos cruzamentos e reduzindo as chances de geitonogamia.
Abstract: Knowledge of interspecific reproductive strategies allows us to formulate hypotheses about the events that lead to the existence and maintenance of natural barriers. Studies related to the existence of hybrids in Chamaecrista. We aim to investigate how barriers of reproductive isolation among the sympatric species of: C. ramosa; C. rotundifolia; C. rotundifolia var. rotundifolia; C. hispidula and C. flexuosa. The study was conducted at the RPPN of Nossa Senhora do Oiteiro de Maracaípe, Ipojuca-PE. In the 1st chapter The possible barriers of reproductive isolation were investigated through: 1) Observation of the distribution in the space of the natural borders; 2) monitoring the flowering period; 3) description of the enantiosthetic types (morphological barrier) and 4) interspecific two-way crosses (physiological barrier); and 5) pollinator-sharing research (ecological barrier). This spices were observed synchronoptric, which have in common the overlapping the distribution of the wagon of the weddings and the period of floration. All crosses were fruits, with the exception of C. flexuosa x C. rotundifolia var. rotundifolia. The success in the most expressive pollination treatments was 80% for C. rotundifolia x C. rotundifolia var. rotundifolia, in contrast, low formation between C. flexuosa x C. hispidula, C. flexuosa x C. ramosa (5%) each. In the crosses in contact with C. flexuosa and C. ramosa the high fruit volume (89.5-95%) was observed, around 5 to 10 days after a pollination. Seed germination was the viability of the species C. ramosa and C. hispidula (G = 8-24%). The maximum germination macroscopies occur for C. rotundifolia var. rotundifolia x C. hispidula (G = 100%) and C. hispidula x C. rotundifolia var. rotundifolia (G = 83.3%). Bees of the genus Florilegus sp. visit flowers of the Ramosa type, suggesting the potential for continuous hybridization. All floral cases were bees, with C. ramosa receiving a greater diversity of visitors (n = 8). Xylocopa carbonaria, X. cearense and Eufrisea sp. share C. flexuosa and C. ramosa flowers. Eufrisea sp. present in all studied Chamaecrista species, except for C. rotundifolia. An analysis of the enantiosthetic types pointed out three different: Ramosa, Flexuosa, Amiciella. That, its functionality demonstrate greater efficiency as barrier of isolation, since the present indicates reduction in the pre and post reproductive success. For this chapter, we investigated the possibility of reciprocity deviations between species and the same area of study mentioned above, relating to the reproductive system and the variables of adaptive response of the natural forces in relation to the reciprocal hercogamic pattern. We aimed the intra and interspecific reciprocity in enantiostyl flowers of C. ramosa and C. rotundifolia. Through a bank of images of flowers of the species, with scale in millimeters. The images were collected in 10 open flowers of the day for 10 (C. ramosa, n = 100) and five (C. rotundifolia; n = 50) days in three groups per species. They were analyzed in a grid tray (letters x numbers) and with the aid of the power point software, in addition to making the floral flowering, besides the floral floral of the stigma and the faltal petal. We verified that interspersed days there is production of flowers of larger sizes. For Chamaecrista ramosa the floral morphology varied between 20.7-24.3mm and C. rotundifolia ranged from 7.7-12.6mm in length. C. ramosa presents a larger floral size and a greater amplitude of uptake and deposition of pollen compared to C. rotundifolia, being thus able to present as a promoter of increase of the area of deposition and capture of pollutant pollen, increasing the specificity of the crosses and reduction as chances of geitonogamy.
Palavras-chave: Chamaecrista
Hercogamia recíproca
Isolamento reprodutivo
Angiosperma
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla da instituição: UFRPE
Departamento: Departamento de Biologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Botânica
Citação: BEZERRA, Thatiany Teixeira. Isolamento reprodutivo e reciprocidade em espécies simpátricas de Chamaecrista Moench. (Fabaceae). 2019. 92 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Botânica) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8178
Data de defesa: 20-Fev-2019
Aparece nas coleções:Mestrado em Botânica

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