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Tipo do documento: Tese
Título: Características de produção da ovinocaprinocultura e soroprevalência de lentiviroses de pequenos ruminantes no Estado de Tocantis
Autor: MOURA SOBRINHO, Pedro Alves de 
Primeiro orientador: CASTRO, Roberto Soares de
Primeiro membro da banca: BATISTA, Maria do Carmo de Souza
Segundo membro da banca: OLIVEIRA, Michele Moreira Martins de
Terceiro membro da banca: AZEVEDO, Edisio Oliveira de
Quarto membro da banca: MELO, Lúcio Esmeraldo Honório de
Quinto membro da banca: MOTA, Rinaldo Aparecido
Resumo: Objetivou-se com esta pesquisa caracterizar o sistema de produção de caprino e ovino, estimar a prevalência e estudar os fatores predisponentes à infecção por Lentiviroses de Pequenos Ruminantes (LVPR), em rebanhos no Estado do Tocantins. Foram aplicados questionários investigativos em 29 rebanhos de caprinos e 28 de ovinos, distribuídos em 21 municípios do Estado do Tocantins, sendo 15 para cada espécie. Para estimar a prevalência de LVPR, foram analisadas 838 amostras de soros ovinos e 843 amostras de caprinos, utilizando o teste de imunodifusão em gel de agarose – IDGA. Identificou-se um número médio de animais de 79 e 340 para os rebanhos de caprinos e ovinos, respectivamente. Conforme a pesquisa, 79,3 e 71,4% dos criatórios de caprinos e ovinos, respectivamente, foram implantados após 2001. Os animais para formação dos rebanhos bases tem como origem os Estados da Bahia e Sergipe. Os tipos raciais Santa Inês (61,0%) e o SRD (38,7%) são os mais encontrados entre os ovinos e na espécie caprina o Anglo-nubiano (55,4%), SRD (36,6%) e Saanen (7,1%). O estudo mostrou que 55,1% das 49 propriedades pesquisadas criam bovinos + caprinos ou ovinos. O sistema semi-extensivo é adotado em 51,7 e 46,4% dos criatórios de caprinos e ovinos, respectivamente. As práticas sanitárias adotadas com maior freqüência pelos criadores são vermifugação, cortes e desinfecção do umbigo e enterrar os animais mortos. A vacinação é prática adotada por 24,1% dos criadores de caprinos, sendo as mais freqüentes contra clostridioses (20,7%), febre aftosa (6,8%) e raiva (3,4%). Os sinais clínicos e doenças mais citados como de grande importância foram linfadenite caseosa (34,5%) e pododermatite (17%) pelos criadores de caprinos e Pododermatite (42,3%) e diarréias (30,8%) para os ovinos. Dos produtores de caprinos e ovinos, 51,7 e 28,6%, respectivamente, conhecem as lentiviroses (CAE e a Maedi-Visna). A frequência de ovinos sororreagentes encontrada foi de 0,9 ±0,3% (8/838). De acordo com a microrregião do Estado, os resultados foram assim distribuídos: 3,3 (2/60), 0,61 (1/178), 1,3 (2/150) e 2,0 % (3/150) para Bico Papagaio, Norte, Miracema e Sul e Sudeste, respectivamente. As microrregiões Jalapão, Porto Nacional, Rio Formoso e Sudeste não tiveram animais positivos. Entre as raças, a Santa Inês foi a que apresentou numericamente o maior percentual de animais sororreagentes, 3,9% (6/511), seguida da Sem Raça Definida, 0,6% (2/324). De acordo com a idade, os animais com idade inferior e superior a 24 meses apresentaram 0,6% (2/328) 1,2% (6/510), respectivamente. Os machos apresentaram 1,2% (2/161) de positivos e as fêmeas 0,9% (6/677). Não houve diferença significativa (p > 0,05) na prevalência de sororreagentes com relação às variáveis raça, idade e sexo. A frequência de caprinos sororreagentes encontrada foi de 2,7% (23/843). De acordo com a região, os resultados foram assim distribuídos: 10,0 (20/200) e 1,4% (3/207) para as microrregiões Norte e Miracema, respectivamente. Entre as raças, a Saanen foi a que apresentou numericamente o maior percentual de animais sororreagentes, 11,7% (7/60), a SRD 0,6% (2/310) e a anglonubiana 3,0% (14/466). De acordo com a idade, os animais com idade inferior e superior a 24 meses apresentaram 1,9% (6/314) e 3,2% (17/529)), respectivamente. Os machos apresentaram 2,4% (4/166) de positivos e as fêmeas 2,8% (19/677). A análise das informações mostrou uma atividade onde predomina o sistema de criação semiextensivo com boas instalações, mas pouco uso de biotécnicas da reprodução e uso de importantes práticas de manejo sanitário. Observou-se que a atividade vem se expandindo no Estado com uma tendência de profissionalização. A infecção por LVPR ocorre em ovinos e caprinos do Estado de Tocantins com baixa prevalência, homogeneamente distribuída de acordo com a microrregião, sistema de criação, raça, sexo, idade e origem dos rebanhos base. Medidas de controle devem ser implantadas no sentido de evitar a disseminação da doença entre os rebanhos.
Abstract: The aim of the present study was to characterize the goat and sheep production systems, estimate the prevalence of small-ruminant lentiviruses (SRLV) and study predisposing factors to infection in herds in the state of Tocantins (Brazil). Investigative questionnaires were administered addressing data on 29 goat herds and 28 sheep herds distributed among 21 towns in the state of Tocantins. To estimate the prevalence of SRLV, 838 samples of sheep blood and 843 samples of goat blood were analyzed using the immunodiffusion test in agarose gel. There was a mean number of 79 and 340 animals for the goat and sheep herds, respectively. According to the survey, 79.3 and 71.4% of the goat and sheep farms, respectively, were implanted after 2001. The animals making up the herds originated in the states of Bahia and Sergipe. The Santa Inês (61.0%) and SRD (38.7%) were the most frequent breeds among the sheep, whereas the Anglo-Nubian (55.4%), SRD (36.6%) and Saanen (7.1%) were the most frequent goat breeds. 55.1% of the 49 properties surveyed bred cattle + goats or sheep. The semi-extensive system was adopted in 51.7 and 46.4% of the goat and sheep farms, respectively. The most frequently adopted hygiene practices among the breeders were de-worming, cuts and disinfection of the navel and burying dead animals. Vaccination is practiced by 24.1% of goat breeders, most frequently for clostridiosis (20.7%), aphthous fever (6.8%) and rabies (3.4%). The clinical signs and diseases most often cited as having considerable importance were caseous lymphadenitis (34.5%) and pododermatitis (17%) by goat breeders and pododermatitis (42.3%) and diarrhea (30.8%) by sheep breeders. 51.7 and 28.6% of the goat and sheep breeders, respectively, knew about lentiviruses (CAE and Maedi-Visna). The frequency of ovine blood reagents was 0.9 ±0.3% (8/838). The results regarding the micro-regions of the state were distributed in the following manner: 3.3 (2/60), 0.61 (1/178), 1.3 (2/150) and 2.0% (3/150) for Bico Papagaio, North, Miracema and South, respectively. No animals tested positive in the Jalapão, Porto Nacional, Rio Formoso and Southeast micro-regions. The Santa Inês was the breed with the highest percentage of blood reagent animals (3.9%; 6/511), followed by Undefined Breed (0.6%; 2/324). Regarding age, 0.6% (2/238) and 1.2% (96/510)of animals under 24 and over months of age, respectively, tested positive. 1.2% (2/161) of males and 0.9% (6/677) of females tested positive. There were no statistically significant differences in the prevalence of blood reagent regarding breed,age and gender (p > 0.05). The frequency of blood reagent goats was 2.7% (23/843). The results were distributed according to micro-region in the following manner: 10.0 (20/200) and 1.4% (3/207) for the North and Miracema micro-regions, respectively. The Saanen was the breed with the highest percentage of blood reagent animals (11.7%; 7/60), followed by the SRD (0.6%; 2/310) and Anglo-Nubian (3.0%; 14/466). Regarding age, 1.9% (6/314) and 3.2% (17/529) of animals under 24 and over months of age, respectively, tested positive. 2.4% (4/166) of males and 2.8% (19/677) of females tested positive. Analysis of the data revealed a predominance of the semiextensive breeding system with good installations, but little use of reproduction biotechniques and important hygiene management practices. The activity has been expanding in the state, with a tendency toward professionalization. SRLV infection occurs at a low prevalence among sheep and goats in the state of Tocantins and is evenly distributed according to micro-region, breeding system, breed, age and origin of the base herds. Control measures should be implanted to avoid the dissemination of the disease among the herds.
Palavras-chave: Caprino
Ovino
Doença infectocontagiosa
Lentivirus
Microimunodifusão
Goat
Sheep
Contagious infectious disease
Área(s) do CNPq: CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Sigla da instituição: UFRPE
Departamento: Departamento de Medicina Veterinária
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária
Citação: MOURA SOBRINHO, Pedro Alves de. Características de produção da ovinocaprinocultura e soroprevalência de lentiviroses de pequenos ruminantes no Estado de Tocantis. 2008.120 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5806
Data de defesa: 4-Fev-2008
Aparece nas coleções:Doutorado em Ciência Veterinária

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